Operação da PF expõe desvio milionário na educação: veja os itens de luxo apreendidos
PF apreende itens de luxo em operação contra desvios na educação

Não é brincadeira. A Polícia Federal botou a mão na massa — e no bolso de alguns — nesta segunda-feira (19), e o que encontraram daria um belo enredo de novela das nove. A operação ‘Pátria Educadora’, que investiga um suposto esquema de desvio de verba da educação, apreendeu um verdadeiro arsenal de itens de luxo que, convenhamos, não combinam nem um pouco com a realidade da maioria das escolas públicas do país.

Pensa numa lista de desejos de quem acha que dinheiro público é conta particular. Entre os ‘mimos’ encontrados, a PF deparou-se com:

  • Relógios de marcas famosas — daquelas que custam mais que o orçamento anual de uma creche
  • Joias que brilham mais que o futuro de muitos estudantes
  • Veículos zero-quilômetro, porque andar de ônibus é para os outros, né?
  • E, pasmem, uma espingarda. Sim, você leu certo. Porque, aparentemente, o ‘investimento em educação’ incluía artigos para… bem, não era para a sala de aula.

O estrago? Calcula-se que o rombo nos cofres públicos ultrapasse a marca dos R$ 10 milhões. Uma grana que, em tese, deveria estar financiando merenda, livros, reformas… mas que, pelo visto, foi parar em bem outros lugares.

O que mais a operação revelou?

Além dos objetos de valor, os policiais federais também se depararam com uma quantia significativa em dinheiro vivo. Algo em torno de R$ 50 mil — porque, é claro, guardar na poupança é muito óbvio.

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em vários endereços, todos ligados a pessoas sob investigação. E olha, a coisa não para por aí. A suspeita é de que os desvios tenham ocorrido através de contratos superfaturados e notas frias — aquela velha receita de bolo que nunca, jamais, deveria ser seguida.

O pior de tudo? Enquanto isso, do outro lado da moeda, professores se desdobram com salários atrasados, alunos estudam em condições precárias e a educação — que deveria ser prioridade — vira pano de fundo para mais um capítulo de corrupção.

Resta saber se, desta vez, a justiça será rápida o suficiente para devolver pelo menos parte do prejuízo. Porque, convenhamos, a paciência do contribuente já está mais do que esgotada.