Petro na berlinda: gastos com luxo e laços com narcoguerrilha
Petro envolvido em gastos luxuosos e escândalo

Presidente colombiano no centro de polêmicas

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, enfrenta uma das maiores crises de seu governo, envolvido em uma teia de controvérsias que incluem desde gastos questionáveis em lojas de luxo até supostas conexões com grupos narcoguerrilheiros. As revelações, que vieram à tona em 26 de novembro de 2025, colocam em xeque a imagem do ex-guerrilheiro que se tornou chefe de Estado.

Ligações perigosas com as dissidências das FARC

Documentos apreendidos com grupos guerrilheiros revelaram conexões alarmantes entre um general do exército colombiano e as chamadas "dissidências das FARC". Trata-se de facções que não aceitaram o acordo de paz e continuam envolvidas em violência política e tráfico de cocaína.

O general Juan Miguel Huertas Herrera apareceu em registros comprometedores, incluindo conversas, e-mails, fotos e cartas encontrados em computadores, celulares e discos rígidos apreendidos. Segundo investigação do noticiário Caracol, o militar ofereceu contatos, mobilidade, proteção e criação de empresa de segurança para facilitar operações do grupo armado.

O mais preocupante: Huertas Herrera havia sido afastado no governo anterior, mas recuperou influência após declarar apoio a Petro nas eleições de 2022. Agora, surgem indícios de que a guerrilha teria oferecido apoio logístico e estratégico à campanha presidencial de Petro.

Petro rejeita relatório da CIA

Em um movimento controverso, o presidente colombiano rejeitou relatório da agência de inteligência americana (CIA) sobre as atividades do general Huertas. Petro declarou que sua "revisão pessoal dos fatos desmentiu a versão dos agentes americanos", ignorando alertas importantes sobre os contatos entre o militar e líderes guerrilheiros ainda em atividade.

Gastos luxuosos e visita a clube de striptease

Na tentativa de mostrar transparência, Petro divulgou o movimento de suas contas bancárias, mas o tiro saiu pela culatra. Revelou-se que o político de esquerda, ex-militante do M-19, realizou gastos em grifes de luxo como Prada, Gucci e Ralph Lauren, além de lojas de departamentos premium na Itália e Espanha.

Os registros também mostram que o presidente frequentou um clube de striptease em Portugal, onde gastou 40 euros. Sobre as compras em marcas caras, Petro se defendeu: "Não comprei para mim porque não uso essas roupas".

Contradizendo sua imagem de simplicidade, o presidente já foi fotografado usando relógio de ouro rosê da marca IWC e realizou implante capilar, demonstrando vaidade que contrasta com seu discurso político.

Confronto internacional e tensão com EUA

As polêmicas se estendem ao campo internacional. Petro recentemente atacou o senador americano Marco Rubio, mesmo alvo preferencial de Nicolás Maduro. O presidente colombiano desafiou: "Se vai me colocar preso, vamos ver se pode. Se quer me colocar o macacão laranja, tente".

O contexto é de crescente tensão, com Donald Trump apertando o cerco à Venezuela, deixando o país praticamente sem voos internacionais após alertas sobre segurança aérea. Fontes americanas indicam que uma nova fase de operações está começando, com o envio de força naval ao Caribe e classificação de narcotraficantes como terroristas.

Enquanto isso, a produção de cocaína na Colômbia aumenta em escala alarmante, envolvendo até militares de alta patente, levantando questões sobre o possível conhecimento ou envolvimento do presidente nas atividades do narcotráfico que assolam o país.