E-mails de Epstein revelam críticas de Trump e fotos com garotas
Novos e-mails de Epstein sobre Donald Trump revelados

Novos documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein trouxeram à tona revelações explosivas envolvendo o ex-presidente Donald Trump. A divulgação ocorreu nesta quarta-feira pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

O conteúdo dos e-mails

Foram liberadas mais de 20 mil páginas de documentos do espólio de Jeffrey Epstein, incluindo trocas de e-mails que revelam detalhes surpreendentes sobre a relação do financista com figuras poderosas. Entre os documentos, destaca-se uma conversa entre Epstein e o ex-secretário do Tesouro Larry Summers, datada de 8 de fevereiro de 2007.

Nessa correspondência, Epstein não poupou críticas a Donald Trump, descrevendo-o como "a pior pessoa que já conheceu". O magnata afirmou que Trump "não tem uma célula decente no corpo" e o classificou como "perigoso".

Oferecimento de fotos comprometedoras

Em outra troca de e-mails, desta vez com o jornalista do The New York Times Landon Thomas Jr. em 8 de dezembro de 2015, Epstein sugeriu possíveis linhas de investigação sobre Trump. A conversa começou após Thomas publicar um artigo onde Trump descrevia Epstein como "um cara fantástico" que "gosta de mulheres bonitas".

O jornalista escreveu: "Agora todo mundo está vindo atrás de mim porque acham que eu tenho informações bombásticas sobre você e o Trump". A resposta de Epstein foi ainda mais surpreendente: "Quer fotos do Donald com garotas de biquíni na minha cozinha?". Thomas respondeu simplesmente: "Sim".

Não está claro se Epstein realmente possuía essas fotografias ou se as enviou ao repórter. Os e-mails também mencionam um incidente onde Trump "quase atravessou uma porta e deixou a marca do nariz no vidro enquanto mulheres jovens nadavam na piscina", segundo descrição do próprio Epstein.

Reações e negativas

A Casa Branca reagiu imediatamente à divulgação dos documentos, classificando-a como uma tentativa de "criar uma narrativa falsa". A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que os democratas liberaram seletivamente os e-mails para a mídia de esquerda com o objetivo de difamar o presidente Trump.

Donald Trump também se manifestou através de sua plataforma Truth Social, atacando os democratas e afirmando que "apenas um republicano muito mau ou muito estúpido cairia nessa armadilha". Ele acusou o partido adversário de tentar ressuscitar o caso Epstein para desviar a atenção de outros assuntos políticos.

Os novos documentos incluem ainda e-mails trocados em 2019 nos quais Epstein alegava que Trump "sabia das meninas", referindo-se às vítimas do esquema de tráfico sexual. A controvérsia promete alimentar ainda mais as discussões políticas nos Estados Unidos.