Nikolas Ferreira ironiza cobrança de Moraes sobre celular com Bolsonaro
Nikolas chama de 'patético' pedido de explicações de Moraes

Deputado classifica como 'teatro' exigência do STF sobre uso de celular

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou as redes sociais para ironizar o pedido de explicações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o uso de telefone celular durante visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar.

Em publicação feita na quarta-feira, 25 de novembro de 2025, o parlamentar afirmou que a situação é 'patética' e classificou o episódio como 'teatro para intimidar'.

O caso do celular filmado por drone

A polêmica começou quando a TV Globo exibiu imagens captadas por drone mostrando Nikolas Ferreira usando um telefone celular próximo a Bolsonaro durante visita à residência onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar.

É importante destacar que Bolsonaro está proibido de manter contato virtual, mesmo que intermediado por outras pessoas, como parte das condições de sua prisão.

O deputado se defendeu afirmando que não recebeu orientação sobre proibição do aparelho durante a visita e que o telefone estava para uso pessoal, sem comunicação externa.

Repercussão política e judicial

Após a exibição das imagens, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou uma notícia-crime contra Ferreira, enviando o documento diretamente para o ministro Alexandre de Moraes.

O ministro, então, determinou que Nikolas Ferreira teria 24 horas para se explicar judicialmente sobre a situação.

Em sua defesa nas redes sociais, o deputado contrastou seu caso com a realidade dos presídios brasileiros: 'Criminosos usam celular na cadeia para comandar facções inteiras e ninguém da Suprema Corte dá 24h para explicar nada'.

Nikolas Ferreira também criticou a forma como as imagens foram obtidas, classificando a filmagem por drone como uma 'violação grave de privacidade' e afirmando que a prática seria 'totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística'.

O caso ocorre em um momento de tensão política no país e levanta discussões sobre os limites da vigilância midiática e o cumprimento das regras de prisão domiciliar por figuras públicas.