Moraes libera visita familiar a Bolsonaro em prisão domiciliar | Incêndio na EFFA Motors se alastra em Manaus
Moraes libera visitas a Bolsonaro; incêndio em Manaus avança

Numa decisão que pegou muita gente de surpresa — mas que era esperada por quem acompanha o caso de perto —, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu o aval para que Jair Bolsonaro receba visitas de familiares diretos na sua prisão domiciliar. Isso inclui os filhos, que estavam proibidos de ver o ex-presidente desde que a medida cautelar foi decretada.

Não foi uma autorização irrestrita, claro. O magistrado estabeleceu regras bem específicas: horários controlados, lista pré-aprovada de visitantes e, claro, sem direito a selfies ou declarações à imprensa. "É o mínimo de humanidade que se espera", comentou um advogado próximo ao caso, que preferiu não se identificar.

Enquanto isso, em Manaus...

Se em Brasília o clima era de (relativa) tranquilidade, no Norte do país a situação era bem diferente. O incêndio que começou na madrugada na EFFA Motors, fabricante de motores automotivos, não deu trégua e acabou se espalhando para uma segunda unidade da empresa. Segundo os bombeiros, o fogo encontrou estoque de produtos inflamáveis e aí... Bem, você já pode imaginar o estrago.

"A gente trabalha no limite, com risco constante", desabafou um soldado do Corpo de Bombeiros, visivelmente exausto após 12 horas de combate às chamas. A fumaça densa — daquelas que ardem nos olhos a quilômetros de distância — tomou conta do Distrito Industrial e gerou alerta na Defesa Civil.

E agora?

Para o caso Bolsonaro, especialistas em Direito Constitucional acreditam que a decisão de Moraes sinaliza uma possibilidade: a de que o ex-presidente possa responder ao processo em liberdade. Já sobre o incêndio, a preocupação imediata é com os empregos — a EFFA emprega mais de 600 pessoas diretamente.

Duas histórias distintas, dois Brasis diferentes. Enquanto numa ponta se discute os limites da Justiça, na outra, trabalhadores veem seu sustento literalmente virar cinzas. Coincidência ou não, ambos os casos mostram como o país segue em ebulição — cada um à sua maneira.