
Em um depoimento recente à Polícia Federal (PF), Mauro Cid, ex-assessor de Jair Bolsonaro, revelou que advogados do ex-presidente tentaram obter informações sobre sua delação premiada por meio de familiares. Segundo Cid, os profissionais teriam pressionado seus parentes para conseguir detalhes sobre o conteúdo de sua colaboração com a Justiça.
O caso ganhou destaque após a PF incluir os novos relatos no inquérito que investiga possíveis obstruções à Justiça. As informações levantadas por Cid podem ser cruciais para entender se houve tentativas de interferência no processo de delação.
Detalhes do depoimento
De acordo com as declarações, os advogados de Bolsonaro entraram em contato com familiares de Mauro Cid após o início de sua colaboração. O objetivo seria obter dados sigilosos sobre o andamento do acordo, o que poderia configurar obstrução à Justiça.
Mauro Cid é uma peça-chave em investigações relacionadas a atos do governo Bolsonaro, incluindo suspeitas de irregularidades em documentos oficiais. Sua delação tem sido acompanhada de perto por autoridades e pela mídia.
Repercussão política
O caso reacendeu debates sobre a ética na relação entre advogados e clientes em processos de delação premiada. Especialistas em Direito afirmam que tentativas de acessar informações sigilosas podem ser consideradas ilegais, dependendo das circunstâncias.
Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro nega qualquer irregularidade e afirma que os advogados agiram dentro da legalidade. O ex-presidente ainda não se pronunciou oficialmente sobre as novas alegações.
O desdobramento desse caso pode impactar não só as investigações em curso, mas também o cenário político brasileiro, que segue atento a cada nova revelação.