Mega licitação de R$ 40 milhões é apontada como possível motivação para assassinato de ex-delegado em Praia Grande
Licitação milionária investigada por morte de ex-delegado

O que levaria alguém a planejar a execução de um ex-delegado a sangue frio? A resposta, segundo as investigações que estão correndo a todo vapor, pode estar enterrada nos meandros de uma licitação milionária — aquelas que fazem os olhos de muita gente brilhar.

A Polícia Civil de São Paulo está seguindo uma pista quente: o assassinato de José Carlos de Oliveira, de 63 anos, ocorrido no último dia 3 de outubro em Praia Grande, pode ter relação direta com um contrato de R$ 40 milhões da prefeitura local. Não é pouca coisa, convenhamos.

O crime que chocou o litoral

Era uma quinta-feira comum quando dois homens chegaram de moto na Rua Sergipe, no Bairro Boqueirão. O que parecia mais um dia qualquer transformou-se em cena de filme policial. Eles desceram da moto e, com frieza que impressiona até os investigadores mais experientes, efetuaram vários disparos contra o ex-delegado.

José Carlos não resistiu. Morreu no local, deixando para trás mais perguntas do que respostas. Mas a polícia, como sempre dizem, trabalha melhor no silêncio das salas de interrogatório do que no barulho dos tiros.

A pista da licitação

Agora vem o que pode ser a peça central desse quebra-cabeça macabro. O ex-delegado trabalhava como consultor para uma empresa que prestava serviços à prefeitura de Praia Grande. E adivinhem? Justamente na área de fiscalização de contratos públicos.

A licitação em questão — valor estimado em R$ 40 milhões, repito — era para serviços de manutenção predial. Coincidência? Os investigadores acham que não. Muito conveniente eliminar quem poderia saber demais sobre os bastidores de um contrato desse tamanho.

As investigações avançam

Segundo fontes próximas ao caso, a Delegacia de Homicídios da Baixada Santista já identificou pessoas de interesse — como se diz no jargão policial quando não se pode nomear suspeitos formalmente. As buscas por provas continuam, com os investigadores vasculhando cada fio dessa teia complexa.

O que mais me impressiona, confesso, é a ousadia. Executar um ex-delegado não é como assaltar uma padaria. Exige planejamento, conexões e, principalmente, uma motivação muito forte. Quarenta milhões de reais soam como motivação suficiente?

A prefeitura de Praia Grande, por sua vez, mantém o silêncio protocolares. Afinal, ninguém quer se queimar falando sobre um caso que ainda está sendo investigado. Mas a população fica se perguntando: até onde vai a ambição humana?

Enquanto isso, a família de José Carlos chora sua perda e espera por justiça. E o litoral paulista se pergunta quantos segredos ainda estão escondidos atrás de contratos públicos e licitações milionárias.