Governo usa piada de Motta para mirar Eduardo Bolsonaro: o que está por trás da jogada?
Governo usa humor de Motta para mirar Eduardo Bolsonaro

Numa jogada que mistura humor e cálculo político, o governo decidiu surfar na onda das piadas do deputado André Motta (Republicanos-PB) — sim, aquele mesmo que viralizou com seus memes — para tentar apertar o cerco contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Coincidência? Difícil acreditar.

O que começou como uma brincadeira nas redes sociais virou arma na mão do Planalto. E olha que ninguém está rindo agora. A estratégia? Usar a repercussão das tiradas de Motta para justificar medidas mais duras contra o filho do ex-presidente.

O jogo das cadeiras (e das culpas)

Detalhe curioso: enquanto Motta fazia piadas sobre "tirar o time de campo", assessores do governo já riscavam no papel como transformar o meme em munição política. Não é à toa que Brasília vive dizendo que "todo humor tem um fundo de verdade".

Eduardo, por sua vez, parece ter subestimado o poder de uma zoeira mal interpretada. O deputado, que já enfrenta processos no Conselho de Ética, agora vê a situação piorar — e muito. O governo quer fazer da piada um precedente para:

  • Intensificar as investigações
  • Pressionar por sanções mais severas
  • Criar um clima favorável à punição

Não é de hoje que o Palácio do Planalto observa Eduardo com lupa. Mas dessa vez, pegaram carona no trending topic para avançar o peão.

Entre risos e consequências

O que chama atenção é o timing perfeito. Logo quando o assunto esfriava, eis que surge um deputado fazendo graça — e o governo não perde a chance. "Piada tem hora e lugar", diria minha avó. Na política, parece que a hora é sempre agora.

Especialistas ouvidos nos bastidores comentam, sob condição de anonimato, que a estratégia tem dois objetivos claros:

  1. Desgastar ainda mais a imagem do clã Bolsonaro
  2. Testar até onde pode ir a punição por condutas consideradas antiéticas

E aí, será que cola? Nas redes, a polarização já esquenta: de um lado, os que defendem que "zoação é zoação"; do outro, quem acredita que "brincadeira de mau gosto merece resposta".

Enquanto isso, nos corredores do poder, o assunto é tratado com seriedade de quem não está para brincadeira. Resta saber se a manobra vai sair como planejado ou se, no final, o tiro sairá pela culatra.