
Puxa, o clima em Brasília tá mais quente que o cerrado em pleno agosto. E não é por causa do tempo, viu? A base do governo simplesmente levou um chute no estômago – e das fortes – nesta terça-feira. A oposição, com uma manobra que misturou paciência de jogo de xadrez e timing de ataque surpresa, conseguiu emplacar a instalação da famosa (e temida) CPMI dos Descontos do INSS.
Parece que a galera do Planalto subestimou demais a fúria da outra turma. O placar final não deixa mentir: 41 votos a favor da comissão, e apenas 24 contra. Uma goleada, um verdadeiro 7 a 1 parlamentar que deixa o governo numa saia justíssima.
O Xadrez Político que Deu Errado
O negócio é que o governo tentou de tudo para evitar essa bomba. Jogou prazo, jogou regimento, jogou até a carta da 'negociação'. Mas a oposição, sabendo que tinha a vantagem numérica, não abriu mão. Foi firme e forte. E olha, convenhamos, quando o assunto é dinheiro do trabalhador, o buraco é sempre mais embaixo, não é mesmo?
Eles querem, nas palavras deles, 'esclarecer até o último centavo' desses supostos descontos que teriam sido feitos de forma irregular dos benefícios previdenciários. Imagina o trabalhador, lá na sua casa, vendo o dinheiro que é dele minguar sem entender muito bem o porquê? É uma facada. Daí você tira o motivo de tanta pressão.
E Agora, José?
Bom, o estrago tá feito. A máquina vai começar a funcionar. Vão chamar ministro, ex-ministro, presidente do INSS, técnico, contador... vai todo mundo pra fritura. É depoimento atrás de depoimento, documento atrás de documento. E no meio disso tudo, o governo fica com a batata quente na mão, tendo que explicar cada passo seu.
É aquela velha história: no Congresso, às vezes você perde mesmo quando acha que está ganhando. A vitória de hoje da oposição não é só simbólica – é um sinal claro de que a base aliada não é tão aliada assim, e que a governabilidade pode entrar num buraco negro nos próximos meses.
Fica o recado: a CPMI tá aí, e promete fazer barulho. Muito barulho.