
O clima entre Brasília e Washington azedou de vez nesta quarta-feira. E não foi por pouco — a Casa Branca soltou um comunicado que deixou claro: não vão engolir a detenção do ex-presidente Jair Bolsonaro ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes.
"Inaceitável". Essa foi a palavra usada pelo porta-voz do Departamento de Estado, que ainda completou: "Qualquer apoio a essa decisão arbitrária terá consequências". Uma ameaça velada, mas clara como água de coco no calor de 40 graus.
O que está por trás da reação americana?
Analistas ouvidos pelo JB destacam três pontos quentes:
- A histórica relação próxima entre Bolsonaro e setores conservadores dos EUA
- O timing suspeito — a prisão ocorre semanas antes das eleições municipais
- O precedente perigoso que isso cria para figuras políticas globais
Não é de hoje que os republicanos mais radicais tratam Moraes como persona non grata. Mas agora, parece que o governo Biden resolveu entrar no ringue. E não veio com luvas de pelúcia.
E agora, José?
O Itamaraty ainda não se manifestou oficialmente, mas fontes próximas ao Palácio do Planalto disseram, sob condição de anonimato, que a situação está "mais delicada que vidro soprado".
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização bateu recordes. De um lado, os apoiadores do ex-presidente comparam Moraes a ditadores. Do outro, defensores do STF lembram que ninguém está acima da lei — nem mesmo quem já morou no Alvorada.
Uma coisa é certa: o Brasil virou o centro de uma tempestade geopolítica que promete dar muito pano pra manga nos próximos dias. E o mundo todo está de olho.