
Era um dia comum no centro de Curitiba quando agentes da Polícia Civil começaram a mover-se como peças num tabuleiro de xadrez. O alvo? Um esquema que, francamente, parece saído de filme de espionagem: placas de identificação duplas em carros de políticos.
O que começou como uma investigação discreta virou um verdadeiro terremoto na Assembleia Legislativa do Paraná. A coisa é séria — estamos falando de veículos que circulavam com duas identidades, trocando de placas como quem troca de roupa.
Como o esquema funcionava?
Imagine só: um carro oficial, desses que você vê circulando pela cidade, mas com um segredo embaixo do capô — literalmente. Os investigadores descobriram um sistema elétrico que permitia alternar entre duas placas diferentes. Um clique e puff — o veículo muda de identidade.
Não é coisa de cinema não. A tecnologia encontrada inclui até mesmo um dispositivo acionado por controle remoto. Parece aqueles filmes de James Bond, só que na vida real e bem aqui no Paraná.
Os envolvidos
A lista não é pequena. A operação chamada 'Sine Nomine' — que significa 'sem nome' em latim — identificou pelo menos 14 veículos suspeitos. E olha só que curioso: todos pertencem a deputados estaduais.
Os mandados de busca e apreensão foram executados em endereços ligados a três parlamentares. A Polícia Civil não divulgou nomes ainda, mas a ficha está caindo na Alep.
Mas por que fariam isso?
Boa pergunta. As motivações possíveis são várias, e nenhuma delas cheira bem. Poderia ser para:
- Circular sem ser identificado em radares
- Evitar o pagamento de pedágios e multas
- Desviar de sistemas de monitoramento
- Ou, na pior das hipóteses, para atividades ilícitas
A reportagem da RPC — que originalmente levantou a questão — mostrou que o esquema era mais sofisticado do que se imaginava. Não era apenas colar uma placa por cima da outra, mas um sistema elétrico completo.
O timing é tudo
Curiosamente, a investigação ganhou corpo justamente quando a Assembleia discute projetos sobre transparência e combate à corrupção. Ironia do destino ou coincidência? Você decide.
Os deputados investigados — se é que podemos chamá-los assim — mantêm silêncio. Os assessores falam em 'erro de interpretação' e 'excesso de zelo', mas a Polícia Civil parece ter provas concretas.
E agora?
O caso segue sob sigilo, mas as consequências já começam a aparecer. A população, claro, não está nada contente. Nas redes sociais, a revolta é palpável.
Enquanto isso, os veículos apreendidos passam por perícia detalhada. Cada fio, cada conexão está sendo analisada. Os investigadores querem entender não apenas o 'como', mas o 'porquê'.
Uma coisa é certa: o caso das placas secretas no Paraná promete dar ainda mais o que falar. E, entre nós, não vai ser conversa boa para os envolvidos.