
Eis que surge mais um turbilhão político na Argentina – e dessa vez atinge bem perto do poder. Santiago Caputo, figura-chave no governo Milei e suposto 'guru' por trás da campanha presidencial, encontra-se no centro de uma tempestade judicial que cheira a corrupção.
E não é pouco coisa: estamos falando de um suposto esquema milionário envolvendo contratos públicos de medicamentos. A coisa é séria, gente.
As Acusações que Abalaram Buenos Aires
O juiz federal Sebastián Casanello – conhecido por não ter papas na língua – ordenou buscas em 21 endereços. Sim, vinte e um! Desde escritórios luxuosos até residências particulares de envolvidos. A operação foi batizada de 'Plano de Salud', um nome que soa quase irônico dado o contexto.
O cerne da questão? Desvios monumentais de recursos públicos que deveriam financiar medicamentos para a população. Em vez disso, teriam enchido os bolsos de empresários e, possivelmente, de políticos.
Os Personagens Desse Drama Político
Caputo não está sozinho nessa. Juan Martín «Cachi» Rodríguez, ex-vice-chefe de Gabinete e peça importante no governo anterior de Mauricio Macri, também está na mira. A dupla é acusada de articular um sistema de pagamento de propinas através de empresas de fachada.
E como funcionava o esquema? Através de uma teia complexa que envolvia a empresa de Caputo, a consultoria Whitefish, e contratos superfaturados com o Estado. A quantia desviada? Algo em torno de US$ 14 milhões – dinheiro que, convenhamos, não é pouco nem para os padrões argentinos.
O mais intrigante: parte desse dinheiro teria financiado a campanha presidencial de Milei. Sim, você leu direito.
As Repercussões Imediatas
A oposição não perdeu tempo. Horacio Rodríguez Larreta, ex-chefe de governo de Buenos Aires, já veio a público exigir explicações. «É gravíssimo», declarou, com a seriedade de quem sabe que isso pode virar um tsunami político.
Do outro lado, o governo tenta minimizar. Dizem que as acusações são «infundadas e oportunistas». Mas a realidade é que as provas parecem substanciais: documentos, transferências bancárias, e até gravações que conectam os pontos.
E onde entra Milei nisso? Oficialmente, o presidente mantém distância. Mas é difícil acreditar que seu principal estrategista estava envolvido em algo tão nebuloso sem que ele soubesse de nada. Ou será que estava?
O Que Esperar Agora?
O caso promete abalar os alicerces do governo. Caputo não é qualquer um: é o arquiteto da vitória de Milei, a mente por trás da comunicação presidencial. Se ele cair, quem segura as pontas?
Além disso, a crise chega em um momento delicadíssimo para a Argentina. Com uma economia frágil e reformas impopulares em andamento, o último que Milei precisava era um escândalo de corrupção.
O que me faz pensar: será que a promessa de «mudança radical» incluía mudar apenas quem lucra com os contratos públicos? A pergunta fica no ar.
Enquanto isso, a Justiça argentina segue seu curso. E algo me diz que essa história está longe de terminar.