
Eis que o ministro da Justiça, Flávio Dino, resolveu botar o dedo na ferida — e que ferida! Nesta sexta-feira (23), ele deu ordens diretas para que as superintendências da Polícia Federal em todos os estados abram investigações criminais sobre um montante assustador: R$ 694 milhões em emendas parlamentares. Sim, você leu direito: quase setecentos milhões de reais.
O que está em jogo aqui não é pouco. Segundo apurou a PF, existem fortes indícios de que esse dinheiro — que deveria estar financiando saúde, educação, infraestrutura — foi desviado de maneira organizada, possivelmente por meio de esquemas de corrupção envolvendo parlamentares e talvez até empresas fantasmas.
Um Alerta que Veio de Dentro
Não foi por acaso. A decisão partiu de um ofício enviado pela própria PF ao ministro, alertando sobre movimentações financeiras irregulares ligadas a emendas impositivas — aquelas que deputados e senadores destinam a municípios ou estados. Algo cheirava mal, e Dino não hesitou: "Determinem a instauração de inquéritos policiais", ordenou.
Não se trata de uma investigação qualquer. A ordem é para que as superintendências regionais da PF apurem cada centavo suspeito, com prioridade absoluta. Afinal, estamos falando de dinheiro público — ou melhor, do seu dinheiro.
O Que Está Sendo Investigado?
- Desvios mediante fraude: Suspeita-se que parte dos recursos foi desviada por meio de superfaturamento ou execução fictícia de obras.
- Esquemas de corrupção: Possível participação de servidores públicos, parlamentares e intermediários em irregularidades.
- Falta de licitação: Em alguns casos, empresas podem ter sido contratadas sem processo competitivo.
E olha só: a investigação não para por aí. A PF já identificou que parte dessas emendas foi executada por entidades privadas sem qualquer tipo de licitação — o que, convenhamos, é no mínimo estranho.
Parece que o jogo está ficando sério. Com a ordem ministerial publicada no Diário Oficial da União, as superintendências da PF já começaram a agir. E algo me diz que essa história ainda vai dar muito pano pra manga.
Enquanto isso, a pergunta que fica é: quantos outros esquemas como esse ainda operam sob o silêncio das instituições? Dino, ao menos, decidiu que neste caso o silêncio não era uma opção.