O relator do PL Antifacção na Câmara dos Deputados, Guilherme Derrite (PP-SP), saiu em defesa do projeto nesta terça-feira (11 de novembro de 2025), durante coletiva no Salão Verde da Casa. O parlamentar classificou como "equívoco de interpretação" as críticas de que a proposta enfraqueceria a atuação da Polícia Federal no combate ao crime organizado.
Integração entre forças de segurança
Derrite afirmou que o novo marco legal vai, na verdade, promover a integração das forças estaduais com as polícias rodoviária federal e a Polícia Federal. Segundo o deputado, o projeto vai "punir adequadamente, isolar lideranças e garantir o encarecimento do custo do crime no regime do cumprimento de pena".
"Este é o maior problema do Brasil quando se fala em impunidade e reincidência", destacou o relator durante a entrevista coletiva.
Presença do presidente da Câmara
A coletiva contou com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que levou Derrite para o evento demonstrando alinhamento com o relator da proposta. A movimentação política ocorre em meio a fortes críticas de opositores ao projeto.
Derrite foi enfático ao afirmar: "Muito pelo contrário, estimula-se com esse substitutivo a integração real entre as forças de segurança do Brasil". O parlamentar reiterou que o texto mantém e garante o papel da Polícia Federal, contrariando as alegações de enfraquecimento da instituição.
Impactos no combate ao crime organizado
O projeto antifacção pretende criar um novo marco legal para o combate ao crime organizado no país. Entre os principais objetivos estão:
- Punição mais rigorosa para líderes do crime organizado
- Encarecimento do custo do crime durante o cumprimento de pena
- Integração operacional entre todas as forças de segurança nacionais
- Redução da impunidade e reincidência criminal
A declaração de Derrite busca acalmar os ânimos na Câmara, onde o projeto enfrenta resistência de parte dos parlamentares. O relator afirmou que acredita ter havido uma interpretação equivocada do substitutivo apresentado, garantindo que não há qualquer intenção de diminuir o poder de atuação da Polícia Federal.