
Não é de hoje que o nome de Jair Bolsonaro vira manchete — e nem sempre pelos melhores motivos. Dessa vez, a defesa do ex-presidente saiu em campo para rebater o que chamou de "achismos disfarçados de acusação". Segundo os advogados, a narrativa de que Bolsonaro estaria envolvido em algum tipo de conspiração não passa de especulação vazia, sem um pingo de prova concreta.
"Isso aqui tá mais parecendo aquela história do lobisomem que todo mundo fala mas ninguém nunca viu", disparou um dos defensores, misturando ironia e indignação. O tom era de quem cansa de explicar o óbvio: não há adesão a nenhum plano mirabolante, apenas ilações nascidas de quem, parece, precisa justificar seu próprio salário.
O que dizem os documentos?
Nos autos, a estratégia da defesa é clara — e até um tanto quanto agressiva. Eles não apenas negam, mas esmurram a mesa: as acusações seriam construídas sobre frágeis "talvez" e "quem sabe", típicos de quem junta os pontos onde só existem espaços vazios. "Quando a fumaça dissipar, vão ver que não tem fogo nenhum", garantem.
Curiosamente, enquanto a oposição fala em "provas contundentes", os advogados contra-atacam com um argumento que, convenhamos, faz pensar: se o caso fosse tão sólido assim, por que ainda dependem de inferências e não de fatos escancarados? Pergunta que, como diria meu avô, "fica no ar feito cheiro de feijoada em dia de visita".
O outro lado da moeda
Não dá pra ignorar — e aqui vem o jogo de cintura — que o timing dessas acusações coincide com certos... digamos, acontecimentos políticos recentes. Coincidência? A defesa acha pouco provável. "Todo mundo sabe que em ano de eleição municipal o circo pega fogo", comentou um assessor próximo ao ex-presidente, num tom que misturava cansaço e desdém.
E enquanto isso, nas redes sociais, a polarização segue seu curso natural: de um lado, os que juram de pés juntos que "dessa vez ele cai"; do outro, os que veem perseguição onde deveria haver justiça. No meio, como sempre, a verdade — essa danada esquiva — que insiste em não vestir camisa de time.