
Eis que surge mais um capítulo dessa novela que já dura meses — e promete render ainda muito. Dessa vez, os advogados de Jair Bolsonaro soltaram uma daquelas explicações que fazem você coçar a cabeça e pensar: "será mesmo?".
Segundo a defesa do ex-presidente, ele simplesmente não respondeu às mensagens enviadas pelo então ministro da Defesa, Walter Braga Netto, no fatídico 8 de janeiro de 2023. Sim, aquele dia em que Brasília virou palco de cenas deploráveis de vandalismo e tentativa de golpe.
O contexto é crucial: estamos falando de supostas mensagens trocadas exatamente quando os ataques aos Três Poderes estavam em andamento. Coincidência? O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, certamente não acha.
Os advogados foram lá e afirmaram, com todas as letras, que Bolsonaro "não respondeu às mensagens" e que isso "não configura crime". Até aí, tudo bem — mas daí a dizer que isso prova inocência? Hmm, me deixe duvidar um pouquinho.
O que dizem as provas?
O inquérito das fake news digitais — aquele que já revelou tantas coisas — trouxe à tona essas tais mensagens. Braga Netto teria enviado textos ao então presidente durante os ataques. E a ausência de resposta, segundo a defesa, seria a prova definitiva de que Bolsonaro não tinha nada a ver com o que acontecia.
Mas espere aí. Não responder uma mensagem em um momento crítico como aquele pode significar várias coisas — desde desinteresse até, quem sabe, uma tentativa de se distanciar dos fatos. A questão que fica é: por que não responder?
Os procuradores da República, claro, não compraram a narrativa. Eles sustentam que as mensagens não respondidas são apenas mais uma peça no quebra-cabeça que demonstra o envolvimento — ou pelo menos a conivência — do ex-presidente com os atos golpistas.
O jogo político-judicial
Enquanto isso, no STF, a tensão é palpável. Moraes analisa cada detalhe das provas, e toda nova alegação da defesa é dissecada minuciosamente. O que está em jogo aqui vai muito além de simples mensagens de texto — é a própria democracia brasileira.
Os advogados de Bolsonaro tentam, a todo custo, desconstruir a narrativa de que houve qualquer tipo de articulação entre o ex-presidente e os invasores. Mas as circunstâncias são, no mínimo, suspeitas.
Imagine só: o país em convulsão, prédios públicos sendo depredados, e o presidente da República simplesmente ignora mensagens de seu ministro da Defesa? Soa estranho, não acha?
O fato é que essa história ainda vai longe. E cada revelação — ou falta dela — só aumenta a sensação de que estamos diante de um daqueles casos que vão marcar a história recente do Brasil.
Enquanto isso, nas redes sociais, os apoiadores de Bolsonaro comemoram a alegação como uma "vitória esmagadora". Já o outro lado vê como mais uma manobra diversionista. E o resto do país? Aguarda, perplexo, o próximo capítulo.