
Eis que o caso da vereadora Tatiana Medeiros toma um rumo inesperado — para não dizer surpreendente. A tal audiência que estava marcada simplesmente não vai acontecer. Foi cancelada. E olha que a defesa já partiu para o ataque, exigindo a soltura imediata da parlamentar.
Parece que o Tribunal de Justiça do Piauí resolveu dar um tempo nessa história. A audiência que seria realizada nesta quarta-feira simplesmente evaporou da pauta. A defesa, claro, não perdeu tempo. Já entrou com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. A estratégia? Argumentar que não há justificativa legal para manter Tatiana atrás das grades.
Os argumentos da defesa
Os advogados soltaram o verbo — e com razão, do ponto de vista deles. Afirmam que a prisão preventiva de Tatiana não se sustenta. "Não há elementos concretos", dizem. "Não existe risco para a investigação". E completam: a vereadora tem endereço fixo e vida regrada. Quer dizer, pelo menos é o que alegam.
O pedido de soltura é fundamentado em vários aspectos. Primeiro: a tal medida seria desproporcional. Segundo: já se passou tempo suficiente da prisão. Terceiro — e talvez mais importante — não há indícios de que Tatiana represente perigo à sociedade. Pelo contrário, segundo a defesa.
O que diz a acusação
Bom, do outro lado a história é bem diferente. O Ministério Público sustenta que a prisão é necessária. Alegam risco à ordem pública e à investigação. Dizem que soltar Tatiana poderia comprometer as apurações. Mas cá entre nós — será que não estão exagerando?
O fato é que o cancelamento da audiência joga mais lenha nessa fogueira já bem acesa. Agora tudo depende do STJ. Enquanto isso, Tatiana segue presa. E a população fica na expectativa. Afinal, é mais um capítulo dessa novela que mistura política e Justiça — uma combinação que raramente termina bem.
Resta saber: será que o STJ vai dar ouvidos à defesa? Ou vai manter a prisão? Só o tempo — e a lentidão natural dos processos judiciais — dirão.