
Era uma tarde comum de quarta-feira, 20 de agosto, quando a rotina da família Silva Brito virou de cabeça para baixo. João Batista, um taxista de 54 anos conhecido pela pontualidade, simplesmente sumiu. Não avisou, não atendeu telefonemas – o silêncio, que começou como uma leve preocupação, rapidamente se transformou em um poço de angústia.
Imaginem só a cena: a família, desesperada, percorrendo cada canto possível de Aracaju. Ligação atrás de ligação para hospitais, delegacias, conhecidos. Nada. Um vazio que só quem já passou por algo assim consegue entender de verdade.
O Alívio Após a Tempestade
Mas eis que, na manhã de sexta-feira (22), o inesperado – e tão aguardado – aconteceu. Por volta das 10h, em uma rua do bairro Farolândia, zona sul da capital, João foi localizado. E o melhor: vivo. A Polícia Militar, que fazia patrulhamento de rotina, deparou-se com ele. Aparentemente desorientado, mas, pelos céus, respirando.
O alívio que tomou conta da família foi, nas palavras de um parente que preferiu não se identificar, “indescritível, uma mistura de choro, riso e um cansaço que só a espera sabe dar”.
E Agora, José?
Aqui é que a coisa fica intrigante. O que aconteceu durante essas quase 48 horas? A polícia ainda está tentando juntar as peças desse quebra-cabeça. João foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) – calma, não é pelo motivo mais sombrio. Foi para passar por avaliação médica, entender seu estado de saúde.
Ele não apresentava sinais de violência, o que é um grande ponto positivo. Mas a desorientação era clara. Será que foi um mal súbito? Um lapso de memória? Algo mais complexo? As investigações, conduzidas pelo Departamento de Atendimento a Ocorrências de Desaparecimentos (Daoc), seguem a todo vapor para desvendar esse mistério.
Uma coisa é certa: a família, que viveu no limite do desespero, agora respira aliviada. O importante é que ele está de volta. São nessas horas que a gente se apega ao essencial, não é mesmo? O resto, a gente descobre com o tempo.