
Era para ser mais uma noite comum de patrulhamento — dessas que se repetem infinitamente nos quartéis do interior paulista. Mas o que os PMs encontrariam no Jardim Sumarezinho, em Hortolândia, na última quinta-feira, era tudo menos rotineiro.
Parecia até cena de filme policial: uma fábrica clandestina montada pra valer, produzindo bebidas alcoólicas sem a menor cerimônia. E o pior — sem qualquer controle de qualidade ou higiene. Uma verdadeira loteria etílica para quem tivesse o azar de consumir aquilo.
Operação de surpresa
Os policiais chegaram ao local por volta das 22h, seguindo denúncias de movimentação suspeita. E não é que a informação estava mais do que certa? Lá dentro, encontraram uma produção em pleno vapor — literalmente.
O que mais chocou foi a organização do esquema. Não era algo amador, não. Tinha de tudo:
- Centenas de garrafas vazias esperando para serem 'abatizadas'
- Rótulos falsos de marcas conhecidas — uma falsificação que enganaria qualquer um desatento
- Equipamentos de enchimento que dariam inveja a pequenas indústrias
- E uma quantidade absurda de bebidas já prontas para o mercado negro
Parece piada, mas é sério: o suspeito, um homem de 32 anos, foi pego com a mão na massa — ou melhor, na garrafa.
Riscos à saúde pública
Aqui é que a coisa fica realmente preocupante. Bebidas fabricadas nessas condições — Deus sabe com que tipo de ingredientes — representam um perigo real para a população. A gente até brinca com 'pinga de fundo de quintal', mas a verdade é que o risco à saúde é enorme.
Sem controle sanitário, sem análise de qualidade, sem nada que preste... é uma roleta-russa etílica. E o pior: muitas vezes vendidas a preços convidativos, atraindo justamente quem menos pode arcar com as consequências.
O que me faz pensar: quantas pessoas já consumiram produtos dessa 'linha de produção' sem nem desconfiar?
Desmantelamento do esquema
A ação da PM foi eficiente — apreendeu todo o material e desmontou a operação ilegal. Mas fica aquela pulga atrás da orelha: será que era um caso isolado? Ou existe toda uma rede por trás disso?
O suspeito foi levado para a delegacia e agora responde por crime contra as relações de consumo. A pena? Pode chegar a cinco anos de detenção — tempo suficiente para repensar as escolhas na vida.
Enquanto isso, a população fica com o alerta: na hora de comprar bebidas, desconfie de preços muito abaixo do mercado e sempre verifique a procedência. Sua saúde — e seu fígado — agradecem.