
O estacionamento de um supermercado em Itapevi virou palco de uma cena de violência que chocou moradores nesta segunda-feira (11). Por volta das 14h, um homem — ainda não identificado — foi alvejado por disparos de arma de fogo e não resistiu aos ferimentos.
Testemunhas afirmam que tudo aconteceu rápido demais para reagir. "Ouvi os tiros, pensei que fosse foguete de festa junina atrasada", contou um funcionário do local, que preferiu não se identificar. As câmeras de segurança flagraram o momento exato — a polícia analisa as imagens, mas até agora não há pistas sobre o autor.
Detalhes que intrigam
O que mais está deixando os investigadores de cabelo em pé: a frieza do criminoso. Ele chegou a pé, agiu como quem conhecia a rotina da vítima e fugiu sem deixar rastro. Nada de carro com placa clonada ou moto com capanga — modus operandi que virou quase lugar-comum nesse tipo de crime.
E tem mais um detalhe sinistro: segundo fontes da delegacia, a vítima recebeu ligações minutos antes. Seria uma armadilha? Coincidência? A polícia não descarta nada.
Reação dos frequentadores
No local, o clima era de tensão misturada com aquela sensação de "poderia ter sido eu". Clientes que estavam no caixa no momento do crime relataram terem se jogado no chão ao ouvir os disparos. "Minha filha pequena começou a chorar, achou que era brincadeira de Halloween antecipado", desabafou uma mãe que pediu para não ser identificada.
O supermercado, que normalmente fica lotado nesse horário, ficou desertou por mais de uma hora. Até os funcionários mais experientes — acostumados com assaltos na região — admitiram: "Essa foi diferente".
Agora, o que todo mundo quer saber: será que era crime passional? Acerto de contas? Ou mais um caso de violência urbana que virou rotina nas cidades da Grande São Paulo? Enquanto as autoridades não respondem, o medo segue pairando no ar — literalmente, no estacionamento onde o cheiro de pólvora ainda marcava o chão ao final do dia.