
O Amazonas vive mais um capítulo sombrio de violência institucional. Dessa vez, a vítima é uma mulher indígena — e o cenário do crime, pasmem, uma delegacia. O quinto policial militar foi algemado nesta semana, suspeito de participar de um estupro coletivo que está revoltando a população local.
Não é exagero dizer que o caso tem cheiro de podridão. Enquanto a farda deveria representar proteção, transformou-se em instrumento de terror. A vítima, segundo fontes próximas à investigação, estava sob custódia quando teria sido violentada por vários agentes.
O que se sabe até agora
- Cinco PMs já foram presos — o último na tarde de sexta-feira (25)
- Um sexto envolvido continua foragido, segundo a polícia civil
- O crime ocorreu nas dependências de uma delegacia da capital
- A vítima é uma jovem de comunidade indígena
Pra piorar, boatos — que ainda precisam ser confirmados — sugerem que isso pode ser só a ponta do iceberg. Moradores da região comentam, em voz baixa, sobre outros casos que nunca vieram à tona. Será que estamos diante de um esquema organizado? Difícil dizer, mas o modus operandi parece sinistramente similar.
"É de cortar o coração", desabafa uma liderança indígena que preferiu não se identificar. "Nossas mulheres já sofrem tanto, e agora isso? Dentro de um lugar que deveria ser seguro?"
Repercussão e próximos passos
A comoção foi tamanha que até o Ministério Público Federal resolveu meter a colher. Promotores federais anunciaram que vão acompanhar de perto as investigações — o que, convenhamos, não é muito comum nesse tipo de caso.
Enquanto isso, na Assembleia Legislativa, a bancada indígena promete transformar o caso em pauta prioritária. "Não vamos deixar isso passar em branco", garante um deputado. Resta saber se as palavras vão se transformar em ação.
O que mais choca, pra ser sincero, é a frieza dos detalhes. Segundo o inquérito, os PMs teriam se revezado na agressão, como se fosse algo banal — uma rotina perversa. E o pior? Quase ficou encoberto. Só veio à tona porque um colega de farda resolveu denunciar.
Nesse momento, a indígena — cuja identidade está preservada — recebe acompanhamento psicológico. Mas convenhamos: algumas marcas, infelizmente, não saem com terapia.