
Era mais uma madrugada escura na Estrutural — aquela que deveria ser tranquila — quando os agentes da força-tarefa deram o bote. Quatro homens, que juravam estar invisíveis nas sombras, foram surpreendidos com as mãos literalmente na massa: centenas de metros de cabos de cobre, cortados e prontos para virar sucata.
Pois é. A operação, batizada de “Silêncio Elétrico” — irônico, não? — mapeou a gangue por semanas. Sabiam dos horários, dos métodos, até dos compradores. E escolheram a hora H, quando o crime estava em andamento, para agir.
O prejuízo que você nem imagina
Parece só um fio, um pedaço de metal, coisa de se vender num ferro-velho por trocados. Mas a verdade é outra. Esses furtos — recorrentes, organizados — causam prejuízos absurdos. Sabe aquela falta de energia que te pega de surpresa? Pode ter origem num furto como esse.
E não é pouco: estamos falando de milhões em prejuízo público, interrupção de serviços essenciais e um risco de vida gigantesco — para os ladrões e para quem está por perto.
Como agiam os suspeitos?
- Selecionavam subestações afastadas ou pouco vigiadas
- Usavam equipamentos industriais para cortar cabos de alta tensão
- Transportavam a carga em veículos com logística apurada
- Comercializavam com receptores especializados em outros estados
Dois carros foram apreendidos — um deles, adaptado justamente para carregar peso e volume sem chamar atenção. Profissional, né? Só que no crime.
Os quatro presos — todos com passagem pela justiça — agora respondem por furto qualificado, formação de quadrilha e dano ao patrimônio público. E a investigação não para: a polícia corre atrás dos receptadores, que transformam o bem público em lucro privado.
Uma vitória da inteligência, com gosto de dever cumprido. Mas também um alerta: a cidade dorme, mas o crime não. E fica a pergunta: será que a gente valoriza o que só percebe quando falta?