
Imagine a cena: um helicóptero da PRF pairando silenciosamente sobre as rodovias sul-mato-grossenses, seus ocupantes com olhos treinados para o que ninguém mais veria. E foi exatamente essa visão de águia que desmontou uma operação que chegaria a impressionar os roteiristas de Narcos.
Na terça-feira, 20 de agosto, durante uma operação de rotina que tudo menos rotineira, os agentes notaram algo… estranho. Um caminhão-tanque, daqueles que transportam combustível, mas com um comportamento que simplesmente não batia. Algo na sua movimentação, talvez no peso, acionou o faro apurado dos policiais.
E não é que a desconfiança estava mais do que certa? Ao mandar o veículo parar para uma inspeção mais detalhada, a surpresa foi daquelas que ficam para a história. O tanque, que supostamente levaria líquidos inflamáveis, escondia um segredo sólido – e ilegalíssimo.
Dentro de um compartimento secreto, absolutamente camuflado para escapar até dos scanners mais modernos, estava a carga: nada menos que 4 toneladas de maconha prensada. Quatro toneladas! Dá para imaginar o volume disso? É carga suficiente para abastecer o vício de milhares de pessoas, gerando um lucro obsceno para o crime organizado.
O motorista, é claro, foi detido na hora. A expressão de surpresa dele deve ter sido tão grande quanto a dos policiais – mas por motivos completamente opostos, claro. Ele agora responde por tráfico internacional de drogas, um crime gravíssimo que pode render uma estadia longa e nada agradável atrás das grades.
O que me faz pensar: a criatividade dos traficantes para burlar a lei é assustadora, não é? Usar um tanque de combustível… quem pensaria nisso? Mas, por outro lado, a evolução dos métodos de investigação policial tem sido igualmente impressionante. O uso do helicóptero nessa operação foi um verdadeiro game changer, dando uma visão aérea estratégica que operations terrestres sozinhas não teriam.
Essa apreensão monstruosa, uma das maiores da região nos últimos tempos, representa um duro golpe financeiro nas organizações criminosas que atuam na fronteira. O prejuízo deve girar na casa dos milhões de reais. E olha, dinheiro de tráfico a menos circulando por aí é sempre uma excelente notícia para sociedade.
Operações como essa, francamente, deveriam ser mais divulgadas. Elas mostram que, apesar de todos os desafios, o trabalho das nossas forças de segurança está rendendo frutos importantes. É um jogo de gato e rato, sem dúvida, mas ver o gato vencer algumas rodadas traz um certo alívio.