
Eis que a violência urbana nos prega mais uma daquelas surpresas desagradáveis — um nome familiar volta às manchetes pelos piores motivos possíveis. Na região de Santos, a polícia prendeu um indivíduo com uma ficha criminal que mais parece um catálogo de delinquência, suspeito de ter participado do assassinato brutal do ex-delegado José Carlos Melo, o famoso Jaguar.
O que choca mesmo — além do óbvio — é a alegação do sujeito. Ele jura de pés juntos que estava apenas... procurando pela filha no momento do crime. Sério mesmo? No exato instante em que um ex-delegado era executado, ele estava ali por coincidência, numa missão paternal? Desculpa esfarrapada não falta nesse meio.
Detalhes macabros emergem: o crime aconteceu no dia 18 de setembro, por volta das 21h, na Rua João Fraccaroli, no bairro do José Menino. Jaguar foi atingido por múltiplos tiros — um verdadeiro massacre — dentro de seu próprio carro. Testemunhas contam que dois homens chegaram de moto, executaram o trabalho e fugiram como fantasmas na noite.
Quem era a vítima?
José Carlos Melo, o Jaguar, não era um desconhecido. Ex-delegado da Polícia Civil, ele já tinha uma história cheia de capítulos — alguns bastante sombrios. Em 2006, foi condenado a mais de 20 anos de prisão por envolvimento num sequestro que terminou em assassinato. Cumpriu pena, saiu, e agora... essa tragédia.
O preso — cujo nome a polícia ainda mantém em sigilo — não é nenhum novato no mundo do crime. Roubo, receptação, porte ilegal... a lista é longa. Agora, responde por homicídio qualificado. A motivação? Ainda é um quebra-cabeça que os investigadores tentam montar.
A defesa improvável
O que mais intriga é essa história de que ele estaria procurando a filha. Será que alguém realmente acredita nisso? Num momento tão específico, num local tão específico? A polícia, claro, está cética. "Investigamos todas as linhas", diz um delegado, "mas algumas alegações soam como tentativas desesperadas de criar dúvidas".
O caso tem tudo para virar um novelão criminal — envolvendo passado policial, vingança, dívidas não resolvidas. Os investigadores não descartam nenhuma hipótese, mas uma coisa é certa: a alegação do suspeito parece mais frágil que vidro fino.
Enquanto isso, a família de Jaguar chora a perda de um homem que, apesar de seu passado conturbado, não merecia terminar assim — brutalmente executado numa rua escura. E a pergunta que fica é: quantos capítulos ainda faltam para essa história sangrenta?