
Era quase como uma cena de filme — helicópteros no ar, agentes armados até os dentes e um suspeito que, até então, parecia intocável. Na madrugada desta sexta-feira (9), o Rio Grande do Norte respirou aliviado com a prisão do homem que liderava as listas de mais procurados do estado. O que começou como uma rotina de investigação virou um capítulo digno de roteiro hollywoodiano.
O cerco se fecha
Três meses. Foi quanto a polícia levou para colocar as mãos nele. Dizem que o sujeito tinha olhos em todo lugar — sabia das operações antes mesmo delas acontecerem. Mas dessa vez, o jogo virou. Um erro besta, uma ligação interceptada, e pronto: os agentes fecharam o cerco num bairro da periferia de Natal.
Não foi fácil. O cara reagiu que nem fera acuada. Teve troca de tiros, perseguição de carro (daquelas que arrepiam até os mais experientes) e, no final, a rendição. Ou melhor, a falta de opção. Cercado por todos os lados, o tal "rei da fuga" finalmente caiu.
O prêmio da caçada
O sujeito não era qualquer um. Acusado de comandar uma verdadeira máfia local, ele respondia por uma lista de crimes que daria um livro:
- Tráfico internacional (sim, internacional!)
- Lavagem de dinheiro em nível profissional
- Meia dúzia de homicídios — alguns por encomenda
- Extorsão que deixou comerciantes em pânico
E o mais impressionante? Tudo isso enquanto vivia como cidadão comum, frequentando até churrascos de família. "Um verdadeiro doutor Jekyll e mister Hyde", como descreveu um dos investigadores.
O que vem por aí
Agora começa outra batalha — a jurídica. Com um histórico desses, é quase certo que a defesa vai tentar de tudo para amenizar a situação. Mas a polícia garante: as provas são tantas que "nem o melhor advogado do mundo" conseguiria livrá-lo.
Enquanto isso, nas ruas de Natal, o clima é de alívio misturado com cautela. Afinal, como diz o ditado, "cobra morta não levanta veneno, mas deixa filhotes". Resta saber quem vai assumir o lugar do agora presidiário.