
Piraí acordou diferente hoje. A notícia correu rápido pelas ruas ainda escuras, daquelas que só quem mora em cidade do interior conhece. A Polícia Civil fez o que precisava ser feito — prendeu oito homens que, segundo as investigações, estavam por trás daquela tragédia que ninguém na cidade conseguiu esquecer.
O triplo homicídio aconteceu no último dia 18 de setembro, num lugar que deveria ser de paz: a Rua Manoel Custódio, no bairro Varginha. Três vidas foram interrompidas brutalmente, executadas a tiros. A cena era tão violenta que até os investigadores mais experientes ficaram impactados.
Operação foi minuciosa
Não foi algo feito às pressas, muito menos sem planejamento. A tal Operação Fênix — nome mais do que apropriado, já que buscava renascer das cinzas deixadas pela violência — começou cedo, por volta das 5h da manhã. Sete mandados de prisão preventiva e um de condução coercitiva foram cumpridos com precisão cirúrgica.
Os policiais sabiam exatamente onde cada um estava. A inteligência funcionou direitinho, fruto de semanas de trabalho discreto mas intenso. As buscas se estenderam por Piraí, Volta Redonda e Barra Mansa, mostrando que a teia criminosa não se limitava aos limites municipais.
O que as investigações revelaram
Parece que o crime teve motivação fútil, daquelas que deixam a gente pensando no quanto a vida vale pouco para alguns. Tudo indica que foi uma retaliação por conta de — preparem-se — um celular roubado. Sim, três vidas perdidas por causa de um aparelho telefônico.
Os investigadores conseguiram reconstituir a sequência toda. Os acusados chegaram num carro, um HB20 prata que depois foi encontrado abandonado e queimado em Volta Redonda. A estratégia deles era clara: apagar os rastros, tornar o trabalho da polícia mais difícil.
Mas subestimaram a persistência dos delegados e agentes.
Armas e mais armas
Durante as buscas, a polícia encontrou um verdadeiro arsenal. Dois revólveres, uma espingarda e até uma submetralhadora — essa última, pasmem, adaptada para uso caseiro. Dá pra acreditar? As munições também foram apreendidas, evitando que mais tragédias acontecessem.
Os oito homens presos agora enfrentam a Justiça. E olha, as acusações são graves: triplo homicídio qualificado, formação de quadrilha e posse ilegal de arma de fogo. Se condenados, vão ficar um bom tempo longe das ruas.
O delegado Geraldo Luiz, que coordenou toda a operação, foi enfático: "Essas prisões representam um golpe significativo na estrutura criminosa que atua na região". E completou, com aquela convicção de quem conhece o terreno em que pisa: "Vamos continuar investigando até prender todos os envolvidos".
Enquanto isso, em Piraí, a população respira um pouco mais aliviada. Não é solução definitiva, claro — a violência é um monstro de muitas cabeças — mas é um alívio saber que a Justiça, ainda que lentamente, está funcionando.