Parece que o ditado está certo: a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. E dessa vez, a justiça — ou melhor, a polícia — chegou com tudo para um grupo que achou que poderia agir à revelia da lei. Uma investigação minuciosa, daquelas que rendem até filme, culminou na prisão de quatro indivíduos na última terça-feira (20).
Não eram amadores. Longe disso. A quadrilha, que atuava com uma audácia de dar inveja a muita gente 'honesta', especializou-se num esquema sofisticado de falsificação de documentos. Estamos falando de contratos, notas promissórias, tudo muito bem feito, mas tão falso quanto nota de três reais.
O Modus Operandi que Enganou Muitos
O esquema era, convenhamos, até inteligente — se é que se pode usar essa palavra para coisa errada. Eles se passavam por proprietários de imóveis que nem eram deles. Imagina a cara do verdadeiro dono quando descobria? Usavam documentos falsificados, mas com uma qualidade que deixava qualquer um em dúvida. Acredito que nem um perito daria conta de identificar de primeira.
Os alvos? Pessoas comuns, buscando realizar o sonho da casa própria ou investir em um negócio. Aplicavam golpes de valores altíssimos, sumiam com o dinheiro e deixavam um rastro de prejuízo e desconfiança. O estrago financeiro total, pasmem, ultrapassa a casa dos dois milhões de reais. É dinheiro que não volta, né?
As Investigações e a Ação Final
A Polícia Civil, através do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DCCP) de Niterói, não ficou parada. Sob o comando do delegado Fábio Souza, as investigações se arrastaram por dois longos anos. Dois anos! Isso mostra o nível de complexidade do caso.
E o que se viu na operação desta terça-feira foi a prova de que paciência e trabalho duro dão resultado. Dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão foram executados nas cidades de Miracema e Itaperuna, no Noroeste Fluminense. A região, que normalmente é notícia pelo agronegócio, acabou virando palco de uma grande vitória da segurança pública.
Os presos, cujos nomes ainda não foram divulgados — e talvez nem devessem ser, para não dar ibope —, foram levados para a cadeia pública de Itaperuna. A expectativa agora é que a justiça seja rápida e eficaz. Afinal, ninguém merece ver esse tipo de gente solta por aí.
Entre os materiais apreendidos, itens que contam uma história por si só: computadores, celulares e uma porção de documentos que estão sendo analisados. É como se fosse um quebra-cabeça, e cada peça ajuda a entender a dimensão dessa organização.
O delegado Fábio Souza não escondeu a satisfação. Em entrevista, ele destacou o trabalho incansável da equipe e a importância de se combater esse tipo de crime, que corrói a confiança das pessoas nas transações comerciais. E ele tem toda a razão. Quem vai confiar em comprar um imóvel depois de uma notícia dessas?
O caso segue sob sigilo, porque investigations desse tipo são cheias de detalhes que só devem ser revelados no momento certo. Mas uma coisa é certa: a mensagem que fica é clara. A lei pode até demorar, mas uma hora ela alcança. E quando alcança, não perdoa.
