Imagine a cena: um caminhão aparentemente comum, transportando aquelas placas de gesso que todo mundo usa na reforma da casa. Só que algumas dessas placas tinham um segredo pesado – literalmente. A Polícia Civil de São Paulo acaba de desbaratar um esquema de tráfico que usava justamente esse material de construção como fachada para esconder uma fortuna em drogas.
Quase oito toneladas de maconha. É isso mesmo que você leu. Algo em torno de 7.800 quilos da erva estavam meticulosamente escondidos no meio da carga, que seguia para o estado do Mato Grosso do Sul. A operação, que pegou todo mundo de surpresa, aconteceu na última quarta-feira (25) na zona rural de Presidente Prudente.
Como a fraude foi descoberta
A investigação – que começou de forma discreta, baseada em informações de inteligência – revelou detalhes quase cinematográficos. Os policiais notaram algo estranho na carga quando realizaram a abordagem. As placas de gesso pareciam... diferentes. Mais pesadas, com uma densidade que não batia com o material comum.
Ao inspecionar mais de perto, a surpresa: as drogas estavam prensadas e camufladas dentro do próprio gesso. Uma engenhoca de fazer inveja a qualquer filme de ação, mas com consequências reais e graves. Dois homens, que estavam no caminhão, foram detidos na hora. Acredita-se que eles faziam parte de uma organização criminosa que atua em mais de um estado.
O que acontece agora?
Os dois suspeitos já passaram por audiência de custódia. Eles responderão por tráfico de drogas – crime que, convenhamos, não é brincadeira. A carga apreendida? Foi toda encaminhada para perícia. O valor de mercado dessa montanha de maconha é algo que beira o absurdo, mas as autoridades preferem não especificar números exatos.
Essa apreensão monstruosa – uma das maiores da região nos últimos tempos – mostra uma mudança de tática dos traficantes. Quem diria que o simples gesso, material tão comum em qualquer loja de construção, se tornaria o novo cavalo de Troia do crime organizado? A polícia, é claro, já está de olho. E avisa: vai continuar fuçando até nos lugares mais improváveis.
Para o delegado responsável pela operação, o recado foi direto: "Não importa onde ou como escondam, vamos encontrar". E essa história, com certeza, ainda vai dar muito o que falar.
