
O Distrito Federal acordou sob o rugir de viaturas nesta quarta-feira (20). A cena era de cinema – e das boas, daquelas que deixam a população, enfim, respirando aliviada. A Operação Royal não foi apenas mais uma investida policial; foi um golpe certeiro no coração de uma organização criminosa que agia com um nível de sofisticação que beirava o absurdo.
Imagina só: uma rede que funcionava como uma empresa legítima, mas cujo produto era a destruição de vidas. A Polícia Civil do DF, com uma precisão cirúrgica, cumpriu 21 mandados de busca e apreensão e 17 ordens de prisão – sendo 8 temporárias e 9 preventivas. Os alvos? Integrantes de um suposto 'consórcio' do tráfico, uma parceria sinistra entre facções para dominar o fornecimento de entorpecentes na região.
O Butim da Investida
Os números são tão grandes que chegam a ser difíceis de processar. A operação apreendeu nada menos que uma tonelada e meia de maconha – sim, você leu direito. Mas a lista não para por aí. Foram mais de 50 quilos de cocaína, 6 quilos de crack e uma porção considerável de LSD. Parece o inventário de um pesadelo.
E como todo negócio ilegal que se preze, a proteção era pesada. A polícia também apreendeu 14 armas de fogo, incluindo fuzis de alto calibre, munições e até um lança-granadas. Instrumentos de morte ao serviço do caos.
Como Eles Agiam?
O modus operandi era, pra ser sincero, genialmente diabólico. As drogas não chegavam às ruas do Plano Piloto por acaso. A investigação, que se arrastou por longos 10 meses, revelou um esquema de logística impecável. A carga era transportada de Goiás em veículos com compartimentos ocultos, os famosos 'pardais'. De lá, seguia para um centro de distribuição em Samambaia, de onde era escoada para todo o DF e até para outros estados.
Os líderes, é claro, não sujavam as mãos. Coordenavam tudo de forma remota, usando aplicativos de comunicação criptografada. Achavam que estavam imunes, intocáveis. Acharam errado.
O delegado responsável pela operação não escondeu a satisfação. Em entrevista, foi enfático ao dizer que este foi um dos maiores golpes já desferidos contra o tráfico na capital federal nos últimos anos. E olha, considerando o que foi apreendido, é difícil duvidar.
O que fica é um misto de alívio e alerta. Alívio por ver que o aparato de segurança está funcionando. E alerta porque, se uma organização dessa magnitude operava nas sombras, quem garante que outra não surge no lugar? A guerra, como sempre, é contínua. Mas hoje, a vitória foi da lei.