Operação da Polícia Civil desmantela esquema milionário de venda ilegal de bebidas no Rio
Operação prende suspeitos por venda ilegal de bebidas no Rio

O Rio acordou diferente nesta quinta-feira. Enquanto a cidade tentava encontrar seu ritmo matinal, uma operação da Polícia Civil colocava o dedo numa ferida que muitos desconheciam: um esquema sofisticado de comercialização de bebidas alcoólicas totalmente fora da lei.

Parece coisa de filme, mas é a pura realidade. A Delegacia de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (Decret) mobilizou dez mandados de busca e apreensão em endereços estratégicos da Zona Sul e Zona Oeste. O alvo? Dois empresários que, nas entrelinhas do comércio formal, montaram uma rede paralela que movimentava valores absurdos.

Os números impressionam

Mais de 3 mil garrafas apreendidas. Isso mesmo, três mil! Whisky, vodca, gin, espumantes — de tudo um pouco, mas nenhum deles com a procedência legal. E tem mais: R$ 50 mil em dinheiro vivo encontrado durante as buscas. Alguém duvida que o negócio rendia?

O que me deixa pasmo é a ousadia. Os produtos eram vendidos descaradamente para bares, restaurantes e até aquelas adegas finas que a gente frequera nos fins de semana. E o pior: sem nota fiscal, sem controle sanitário, sem pagar um centavo de imposto. Enquanto o comerciante honesto se desdobra com taxas e burocracias, essa galera opera na sombra.

O perigo escondido nas garrafas

Aqui vai um detalhe que dá calafrios: as bebidas eram falsificadas ou, pior ainda, tinham origem desconhecida. Imagina você pagar caro num drink achando que está consumindo uma marca premium e na verdade está colocando no corpo um líquido que nem sabe de onde veio? É de arrepiar.

O delegado Fábio Pinheiro, que coordenou a operação, foi direto ao ponto: "Estamos falando de um prejuízo milionário aos cofres públicos e, mais grave ainda, um risco imenso à saúde da população". Ele tem toda razão — isso vai muito além de sonegação fiscal.

  • Produtos sem qualquer controle de qualidade
  • Rede que atuava há meses, talvez anos
  • Clientes que iam de pequenos bares a estabelecimentos chiques
  • Prejuízo calculado em milhões de reais

E pensar que tudo isso rolava debaixo dos nossos narizes. A gente sai, se diverte, paga conta caríssima e pode estar financiando esse tipo de esquema. Dá para acreditar?

O que vem por aí

Os dois empresários agora respondem por crimes contra a ordem tributária e formação de quadrilha. Se condenados, podem pegar até oito anos de cadeia. Mas algo me diz que essa história é só a ponta do iceberg — será que não existem outros esquemas iguais por aí?

A operação foi batizada de "Bebida Fiscal", um nome até que criativo, diga-se de passagem. E mostra que, apesar de todos os problemas que a gente conhece, ainda existem instituições trabalhando direito.

Fica o alerta: na próxima vez que você for tomar aquela cervejinha ou aquele drink especial, preste atenção. O barato pode sair caro — e não estou falando só do preço.