
O que começou como mais uma manhã comum na Zona Norte do Rio transformou-se rapidamente num cenário digno de filme de ação. A rotina dos moradores da Avenida Pastor Martin Luther King Jr. — sim, aquela mesma que corta vários bairros — foi interrompida de forma brusca por volta das 8h desta quarta-feira.
E não foi por pouco. A Polícia Civil, munida de informações precisas, partiu para o ataque contra o Comando Vermelho. A facção, que tentava ampliar seus domínios na região, encontrou resistência onde menos esperava.
Tiros, correria e avenida fechada
O barulho dos disparos ecoou forte. Muito forte. Tanto que a via principal precisou ser completamente interditada — e olha que estamos falando de uma das artérias mais movimentadas da cidade. O caos no trânsito foi inevitável, com motoristas buscando rotas alternativas enquanto ouviam os estampidos ao longe.
Segundo apurou nossa equipe, a operação faz parte daquela velha história: a disputa por território. O Comando Vermelho, que já domina tantas áreas, queria mais um pedaço do bolo. A polícia, é claro, não deixou barato.
O que a polícia encontrou
- Armas de fogo de diversos calibres — algumas capazes de coisas que nem quero descrever
- Munição suficiente para abastecer um pequeno exército
- Drogas prontas para distribuição
- Telefones celulares usados na coordenação das atividades criminosas
Parece clichê, mas é a pura verdade. O material apreendido daria um belo de um filme policial — só que na vida real, as consequências são bem mais sérias.
E os suspeitos?
Aqui a coisa fica interessante. Durante a troca de tiros — que, diga-se de passagem, foi intensa —, dois homens conectados à facção foram detidos. Não vou mentir: esperava-se mais, considerando o volume de armamento encontrado.
Mas a polícia garante que a investigação não para por aí. "É como desembaraçar um novelo de lã", comentou um dos investigadores, que preferiu não se identificar. "Pega-se uma ponta e vai puxando até chegar no centro."
Os nomes? Ainda não foram divulgados. A Justiça determinou sigilo, afinal, estamos falando de uma organização que não brinca em serviço.
E a população?
Ah, os moradores... Esses, coitados, já estão acostumados com o vai e vem da violência. "Todo dia é uma novidade", contou Dona Maria, que vive há 40 anos no entorno da avenida. "A gente ouve tiro, se abaixa, espera passar. Vida que segue."
Triste, não? Mas é a realidade de muitos cariocas. Enquanto isso, o trânsito volta ao normal — pelo menos até a próxima operação.