Operação no Rio desmonta ferro-velho ilegal protegido por facção criminosa
Operação no Rio desmonta ferro-velho ilegal de facção

Era um dia comum no bairro, até que as sirenes cortaram o ar. De repente, o que parecia ser apenas mais um ferro-velho escondido entre vielas virou o centro de uma operação que deixou muita gente de cabelo em pé.

A Polícia Civil do Rio não veio para brincadeira — desmontou um esquema que, diga-se de passagem, estava mais armado que exército em dia de parada. Segundo os agentes, o local funcionava como uma espécie de "hub" do crime, escondendo não só peças roubadas, mas também servindo de ponto de apoio para uma facção local.

O que encontraram?

Não foi pouco, não. A lista é tão grande que até parece inventário de loja de departamentos:

  • Mais de 50 toneladas de sucata (e olhe lá, porque a balança engasgou de tanto pesar)
  • Equipamentos industriais que jamais deveriam estar ali — alguns ainda com placas de identificação
  • Documentação falsa que faria qualquer cartório corar de vergonha

E o pior? Tudo isso sob a "proteção" de criminosos que agiam como se fossem donos do pedaço. Literalmente.

O esquema

Parecia roteiro de filme policial, mas era a pura realidade: os traficantes cobravam "taxa de segurança" dos donos do ferro-velho. Em troca? Ninguém mexia com o negócio — nem a polícia, nem a concorrência, nem mesmo o fisco.

"Era uma simbiose perfeita, se perfeição pudesse ser usada para definir algo tão podre", comentou um dos delegados, visivelmente irritado com a audácia do esquema.

Os investigadores trabalharam meses sob sigilo — e olha que não foi fácil, considerando que o local ficava numa área dominada pelo tráfico. "Tinha dia que a gente entrava disfarçado de tudo quanto é jeito", confessou um agente, rindo da própria sorte.

E agora?

O saldo foi positivo, mas ninguém está comemorando como se fosse final de Copa do Mundo. Dois suspeitos já foram levados para a delegacia, e os policiais garantem que a investigação está longe de acabar.

Enquanto isso, o ferro-velho — ou o que sobrou dele — está interditado. A prefeitura já avisou que vai fiscalizar o local de perto, mas todo mundo sabe como essas histórias costumam terminar no Rio.

Uma coisa é certa: os traficantes perderam uma boa fonte de renda. Resta saber por quanto tempo.