Operação em Uberlândia desmonta esquema de pirataria musical ligado ao funk: apreensões chegam a milhões
Operação em Uberlândia apreende milhões em produtos piratas

Era uma terça-feira comum em Uberlândia até que a Polícia Civil transformou o cenário musical da cidade em um verdadeiro filme de ação. De repente, tudo mudou.

Duas distribuidoras de música – aquelas que abastecem meio mundo com os ritmos do funk – foram completamente interditadas. E não foi pouco o que encontraram: uma montanha de produtos falsificados que deixaria qualquer um de queixo caído.

Mais de 14 mil CDs e DVDs piratas, sabiam? Isso mesmo. Quatorze mil. Uma verdadeira indústria paralela funcionando à pleno vapor. E não parou por aí: equipamentos de reprodução, matrizes de gravação e até aquelas capas coloridas que enganam tanto consumidor foram apreendidos.

Uma teia bem armada

Parece coisa de cinema, mas é a mais pura realidade. As investigações – que começaram lá atrás, em fevereiro – mostraram que o esquema era sofisticado. As distribuidoras não apenas reproduziam material ilegal, mas comercializavam tudo como se fosse legitimo. Uma audácia!

Os donos do negócio, imagine só, já respondem a outros processos por crimes contra propriedade intelectual. Mas claramente não aprenderam a lição.

O prejuízo? Incalculável

Aqui o buraco é mais embaixo. Essa pirataria toda causa danos irreparáveis aos artistas que realmente produzem a música. E aos cofres públicos? Nem se fala. A sonegação fiscal deve ser astronômica.

Os investigados agora enfrentam acusações sérias: violação de direito autoral e marca, além de associação criminosa. E olha, as penas podem chegar a cinco anos de detenção. Dessa vez, a corda parece ter esticado de vez.

A operação foi batizada de "SoundTrack" – que ironia, não? – e contou com um aparato considerável: doze policiais civis, três viaturas e até o suporte da Perícia Oficial. Nada foi deixado ao acaso.

O delegado Rodrigo Freire, que coordenou a ação, foi direto ao ponto: "Essas organizações criminosas precisam ser desmanteladas. Elas prejudicam toda a cadeia produtiva cultural e fraudam o erário público". E completou: "Investigações como esta devem servir de alerta".

Pois é. Enquanto isso, em Uberlândia, o silêncio nas distribuidoras interditadas fala mais alto que qualquer funk pirata.