
O cenário em São Paulo está tenso, muito tenso mesmo. E não é para menos — a tal contaminação por metanol que vem assustando a população já resultou em nada menos que 20 prisões. O governo Tarcísio de Freitas acabou de confirmar essa operação de peso, mostrando que a coisa é séria e que estão agindo.
Mas calma lá que a história tem mais camadas do que parece. Enquanto as prisões acontecem, o próprio governador volta a bater na tecla de que o PCC não tem nada a ver com isso. Será? A pergunta que fica no ar é: quem está por trás desse comércio mortal então?
Operação nas Sombras
Pois é, meus amigos, a polícia paulista não ficou parada. Longe disso. Montaram uma operação daquelas que dá o que falar, mirando especificamente na rede de distribuição dessa bebida envenenada que já causou tantas tragédias. Vinte pessoas atrás das grades não é brincadeira — mostra que tem estrutura por trás disso tudo.
O que me deixa pensativo é o timing de tudo. As investigações avançam, as prisões acontecem, mas as mortes continuam. Parece aquela história de correr atrás do prejuízo, sabe? A sensação é que estamos sempre um passo atrás desses criminosos.
O Elefante na Sala
Agora, vamos falar do assunto que ninguém quer calar: a negação reiterada do envolvimento do Primeiro Comando da Capital. O governador insiste que não há indícios da participação da facção. Mas cá entre nós, numa cidade do porte de São Paulo, com um esquema tão organizado assim... complicado acreditar que seja trabalho de amadores.
Não estou dizendo que é o PCC — mas também não estou dizendo que não é. A verdade é que a população fica nesse limbo, sem saber em quem confiar ou o que pensar. E enquanto isso, o metanol continua circulando por aí.
O que mais preocupa — e muito — é o silêncio sobre a origem do produto. De onde vem esse metanol? Quem está produzindo? Como entra no estado? São perguntas que continuam sem resposta, e isso, convenhamos, é no mínimo suspeito.
Crise de Saúde Pública ou Falha de Segurança?
O mais triste de tudo isso é ver que poderíamos estar evitando mortes. Sim, porque metanol em bebida não é novidade nenhuma — é um risco conhecido, previsível. E ainda assim conseguimos chegar nesse ponto crítico.
As vítimas, na maioria das vezes, são pessoas comuns que só queriam tomar uma cervejinha no final de semana. Gente que trabalha duro e merecia um momento de descontração, não uma ida ao hospital — ou pior.
E o pior é que o problema parece não ter fim. A cada operação policial, a cada anúncio do governo, a esperança renasce — será que agora vai? Mas a realidade teima em mostrar que a solução definitiva ainda está longe.
Enquanto isso, a recomendação oficial continua a mesma: cuidado com o que bebem, verifiquem a procedência, observem embalagens suspeitas. Ou seja, a responsabilidade acaba caindo no consumidor, que já tem tantas outras preocupações na vida.
No final das contas, o que fica claro é que precisamos de mais do que operações policiais — precisamos de um plano de verdade. Algo que ataque o problema pela raiz, não só pelos galhos. Porque prender vinte, trinta, cinquenta pessoas não adianta se a fonte do veneno continuar jorrando.
E você, o que acha? Estamos perto de uma solução ou ainda vamos ver muitas cenas tristes pela frente? A resposta, infelizmente, parece óbvia.