
Era um dia comum na Zona Norte do Rio até que tudo virou de cabeça para baixo. A polícia chegou pesado — e quando digo pesado, é no sentido literal mesmo. Caminhões, viaturas, agentes com cara de quem não estava para brincadeira. O alvo? Um ferro-velho gigantesco que, segundo as investigações, funcionava há anos como um verdadeiro mercado paralelo de peças roubadas.
Não era qualquer depósito. Estamos falando do maior da região, com estruturas que mais pareciam um labirinto de sucata. Os policiais encontraram de tudo: desde peças de carro que "sumiram" misteriosamente até equipamentos industriais que ninguém sabia explicar de onde vieram. E olha que a coisa não era nada discreta — o lugar ocupava uma área equivalente a dois campos de futebol!
Como a operação aconteceu
Segundo fontes próximas à ação, a investigação começou depois de várias denúncias. Moradores reclamavam do barulho, do movimento estranho à noite, daquela sensação de que algo não cheirava bem (e não era só o ferro velho, pode acreditar).
- Fiscais ambientais já tinham multado o local antes por irregularidades
- Há suspeitas de que parte do material vinha de furtos em outras regiões
- Os donos do ferro-velho podem responder por vários crimes ambientais e de receptação
O que mais chocou os agentes? A organização do esquema. Tinha até setores específicos para cada tipo de material — como se fosse um supermercado da ilegalidade. "Isso aqui não é amadorismo", comentou um delegado, visivelmente impressionado com a escala da operação.
E agora?
Enquanto os donos do ferro-velho se explicam na delegacia, o material apreendido está sendo catalogado. Parte pode voltar aos legítimos donos (se conseguirem provar a origem), o resto vai pra reciclagem legalizada. A prefeitura já avisou que vai monitorar o terreno para evitar que o esquema renasça das cinzas como uma fênix de sucata.
E os vizinhos? Aliviados, mas ainda desconfiados. "A gente sabe que esse tipo de coisa não acaba de um dia pro outro", disse um morador que preferiu não se identificar. Ele tem razão — o combate ao comércio ilegal de metais é uma guerra sem fim nas grandes cidades.