Não deu tempo de cumprir nem metade da pena. Um dos cabeças do Primeiro Comando da Capital (PCC), condenado a quase meio século atrás das grades por participar de um dos assaltos mais ousados da história paulista, teve seu destino selado numa madrugada tensa.
Segundo informações apuradas, o criminoso — cujo nome a polícia prefere não divulgar para não atrapalhar as investigações — foi localizado após meses de buscas. Quando os agentes chegaram, o que se seguiu foi um tiroteio digno de filme de ação. Só que, ao contrário do cinema, aqui não houve final feliz para o bandido.
O passado que o alcançou
O sujeito em questão não era qualquer um. Com 46 anos de condenação nas costas — e provavelmente mais alguns que não chegaram a ser contabilizados —, ele fazia parte do seleto grupo que arquitetou aquele assalto milionário que parou São Paulo alguns anos atrás. Lembra? Aquele onde os caras praticamente fecharam uma cidade inteira só pra levar o que queriam?
Pois é. O tempo passou, a poeira baixou, mas a justiça — lenta como sempre — finalmente tinha alcançado ele. Só que, entre quatro paredes de concreto, esse pessoal costuma ter vida longa. Foi preciso uma operação cuidadosa, dessas que a polícia não gosta de divulgar antes da hora, pra chegar até ele.
O confronto
Detalhes são escassos — como sempre nesses casos —, mas fontes próximas ao caso contam que o cara não pensou duas vezes antes de sacar a arma quando se viu encurralado. Erro fatal. Os policiais, que já estavam com dedo no gatilho, revidaram. E não deu outra.
Curioso pensar que, se tivesse sido pego vivo, ele provavelmente passaria décadas num daqueles presídios de segurança máxima, virando lenda entre os detentos. Mas o destino — e algumas balas bem colocadas — decidiram diferente.
O caso reacende o debate sobre a atuação das facções no estado. Enquanto isso, nas quebradas, o PCC já deve estar escolhendo seu substituto. Porque, nesse jogo, quando um cai, outro sempre aparece pra ocupar o lugar.
