Kel Ferretti e Mais 12 Viram Réus em Megaoperação Contra Crime Organizado e Jogos de Azar em Alagoas
Kel Ferretti é réu por crime organizado em AL

Eis que a poeira começa a baixar — e a Justiça mostra suas garras. Numa decisão que não deixa margem para dúvidas, o Tribunal de Justiça de Alagoas aceitou, na última segunda-feira, a denúncia do Ministério Público estadual contra Kel Ferretti e mais doze indivíduos. A acusação? Integrar uma organização criminosa e explorar jogos de azar de forma ilegal.

Parece coisa de filme, mas é a realidade alagoana. Ferretti, que já circulou pelos corredores da Assembleia Legislativa como deputado estadual, agora encara o banco dos réus. E não está sozinho. A lista inclui desde supostos "gerentes" de pontos de jogo até pessoas acusadas de tocar a máquina criminosa nos bastidores.

Uma teia que se espalha pelo estado

O que me impressiona, francamente, é a abrangência do esquema. Segundo as investigações, que começaram lá atrás, em 2022, a organização não atuava num cantinho específico. Não, senhor. Estava espalhada por várias cidades — Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro... Uma verdadeira rede que, segundo o MP, movimentava quantias vultosas através de máquinas caça-níqueis ilegais.

E olha que a investigação não foi nada breve. A Polícia Civil mergulhou fundo nesse caso, desvendando conexões e rastreando dinheiro. O resultado? Uma denúncia de 136 páginas que detalha minuciosamente como tudo funcionava. Desde a distribuição das máquinas até a arrecadação dos lucros — que, convenhamos, não eram nada modestos.

As acusações específicas

  • Kel Ferretti: ex-deputado estadual, acusado de integrar e coordenar atividades da organização criminosa
  • Doze outros indivíduos: incluindo supostos gerentes e operadores do esquema de jogos ilegais
  • Crimes imputados: associação criminosa e exploração de jogos de azar sem autorização legal

O que mais chama atenção — pelo menos para mim — é como essas operações vêm se tornando cada vez mais comuns. Não é o primeiro caso do tipo que vejo, e provavelmente não será o último. A diferença é que, agora, as investigações estão alcançando figuras públicas de maior destaque.

E o timing? Bem, não poderia ser mais significativo. A denúncia foi aceita justamente quando o estado discute regulamentação de jogos — uma ironia que não passa despercebida.

O que esperar dos próximos capítulos

Agora começa a fase processual propriamente dita. Os acusados terão oportunidade de se defender, apresentar suas versões e contestar as acusações. O judiciário alagoano, por sua vez, terá a complexa tarefa de analisar as provas e determinar responsabilidades.

Enquanto isso, a sociedade observa. E se pergunta: até onde vai o poder dessas organizações? Quantos esquemas similares operam nas sombras? Perguntas difíceis, que essa investigação ajuda a iluminar — mesmo que parcialmente.

Uma coisa é certa: o caso Kel Ferretti promete gerar discussões acaloradas nos próximos meses. Nos corredores do poder, nas ruas, nos bares. Alagoas tem, mais uma vez, um caso de alto perfil para acompanhar — e que pode redefinir como enxergamos o crime organizado no estado.