
Eis que a Justiça paulista resolveu dar mais um capítulo — e dos tensos — na saga de Tuta, suposto mandachuva do PCC. Dessa vez, a ordem é clara e direta: ele volta para a prisão. Preventivamente. A decisão, sabe-se, atende a um pedido do Ministério Público estadual, que apresentou uma denúncia recheada de argumentos.
Não é de hoje que o nome dele circula nos corredores do tribunal. Mas dessa vez, a coisa pegou. O juiz Marcelo Casarotti da Silva, da 1ª Vara de Crimes de Organização Criminosa, não titubeou. Analisou os autos, viu a movimentação do grupo e entendeu que havia risco. Risco de fugir, risco de atrapalhar as investigações. O básico, mas sempre decisivo.
Ah, e detalhe: Tuta já estava solto! Condenado a mais de 20 anos, ele cumpria regime semiaberto — o que, convenhamos, não é exatamente estar atrás das grades. Agora, a volta ao cárcere. Imediata.
O MP não brinca em serviço. Alegou descumprimento de condições, quebra de acordo, envolvimento contínuo com a facção. Coisa séria, do tipo que juiz nenhum ignora. A defesa, claro, deve recorrer. Sempre recorrem. Mas, por ora, a decisão está aí: firme e sustentada.
O PCC, como todos sabem, não é brincadeira. Maior facção do país, com tentáculos que vão do tráfico ao crime financeiro. E Tuta — ou João Alves de Andrade Filho, se preferir — é peça-chave nesse tabuleiro. Sua reclusão, portanto, não é só simbólica. É estratégica.
O que vai acontecer agora? Bom, o Brasil do crime organizado é imprevisível. Mas uma coisa é certa: os olhos da Justiça — e da sociedade — seguem atentos. Muito atentos.