Dono de cemitério no ES é preso por tráfico e vínculo com facção criminosa — detalhes chocantes
Dono de cemitério preso por tráfico e vínculo com facção no ES

Era um negócio que, ironicamente, já lidava com mortos — mas dessa vez a coisa ficou séria demais até para um cemitério. O empresário capixaba, dono de um dos maiores jazigos da Grande Vitória, trocou o terno social pela camisa de força depois que a polícia desmontou seu outro empreendimento: uma rede de tráfico com ramificações em três estados.

Detalhes? Ah, tem de sobra. O sujeito — vamos chamá-lo de "Sr. Lápide" para preservar a identidade até a condenação — usava os terrenos do cemitério como ponto de encontro para entregas de drogas. Sim, você leu certo. Enquanto parentes choravam seus mortos, ali do lado rolavam pacotes de cocaína escondidos em... buquês funerários.

Operação "Última Morada"

A investigação começou com uma denúncia anônima — sempre ela — sobre movimentação estranha de carros de luxo no local à noite. Dois meses de escutas revelaram diálogos dignos de roteiro de filme B:

  • "O cliente do túmulo 34 quer 3 coroas de 50" — código para 150kg de maconha
  • "A encomenda da viúva chegou" — heroína vinda do Paraguai

Pior: parte do dinheiro sujo era lavado através de... lápides superfaturadas. Uma de mármore italiano chegava a custar R$ 120 mil no caixa 2. Quem diria que o mercado da morte dava tanto lucro, né?

Laços que (des)unem

O que realmente assustou os investigadores foram as conexões. O "empresário" — agora com aspas bem grandes — mantinha contatos diretos com líderes do PCC em São Paulo. Trocava mensagens criptografadas durante velórios, usando o barulho das orações para disfarçar.

"Ele tinha dupla personalidade profissional", brincou um delegado, sem graça nenhuma. "De dia, consolava famílias; de noite, abastecia bocas de fumo."

Resultado da operação:

  1. 5 prisões em flagrante
  2. R$ 2,3 milhões em bens bloqueados
  3. Um caminhão de provas documentais (literalmente — usavam um veículo funerário para transportar drogas)

Moral da história? No Espírito Santo, até os defuntos estão envolvidos no crime organizado. Brincadeiras à parte, o caso expõe como o narcotráfico corrói todas as esferas sociais — sem exceção.