
O Rio de Janeiro acordou com notícias que ecoaram pelos morros e vielas da cidade. Matheus da Silva Rezende, ou simplesmente "Matiê" como era conhecido nos bastidores do crime, não verá o pôr do sol de hoje. A vida do suposto braço direito do Comando Vermelho na Zona Norte chegou ao fim durante uma operação que, diga-se de passagem, foi tão intensa quanto cinematográfica.
Parece que a sorte do chefão finalmente acabou. Por volta das primeiras horas da manhã, quando a cidade ainda tentava despertar, os agentes da 37ª DP já estavam em movimento. O alvo? Uma casa aparentemente comum no bairro de Guadalupe, que escondia um dos nomes mais temidos do tráfico carioca.
O cerco se fecha
Os policiais chegaram determinados. A ordem era clara: prender Matiê, que respondia por uma lista impressionante de crimes - tráfico, formação de quadrilha, homicídio... A lista era longa, muito longa. Mas as coisas não saíram exatamente como planejado.
O que se seguiu foi um tiroteio daqueles de fazer tremer as estruturas. E olha, não foi rápido não. Durou tempo suficiente para que os vizinhos mais corajosos (ou curiosos) gravassem vídeos pelas janelas. As balas cantaram, e quando a poeira baixou, Matiê estava morto. Um final violento para uma vida igualmente violenta.
Quem era esse homem?
Matheus não era qualquer um no mundo do crime. Os investigadores garantem que ele comandava as operações do Comando Vermelho em pelo menos oito comunidades da região. Imagina o poder que esse sujeito concentrava! Dizem que ele respondia diretamente a Marcinho VP, uma lenda viva do crime organizado que hoje está preso - ironicamente, em um presídio federal de segurança máxima.
E pensar que tudo começou com uma investigação de rotina sobre roubo de cargas em 2022. Como uma teia de aranha, as pistas foram se entrelaçando até chegar a Matiê. A Polícia Civil descobriu que ele não só comandava o tráfico local como gerenciava um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro. O sujeito tinha até negócios legítimos para limpar o dinheiro sujo - um clichê que, infelizmente, continua muito real.
O legado de violência
Os investigadores não têm dúvidas: a queda de Matiê representa um duro golpe no Comando Vermelho. "Ele era peça fundamental na articulação entre as diferentes áreas controladas pela facção", confessou um delegado que preferiu não se identificar. O que me faz pensar: será que sua morte vai criar um vácuo de poder? A história nos mostra que sim, e geralmente isso significa mais violência enquanto novos chefes brigam pelo território.
O mais preocupante? Matiê era jovem, tinha apenas 26 anos. Uma vida inteira pela frente, mas escolheu o caminho errado. E pagou o preço final. Resta saber quem vai ocupar o lugar que ele deixou vago - e que tipo de consequências essa mudança trará para as comunidades sob controle do Comando Vermelho.
Enquanto isso, a Polícia Civil comemora mais uma vitória contra o crime organizado. Mas todos sabemos que esta guerra está longe de acabar. Para cada Matiê que cai, surgem outros dispostos a tomar seu lugar. É um jogo de gato e rato que, pelo visto, vai continuar por muito tempo.