
O que era para ser mais um dia comum no bairro Colônia Santana, na região continental de Florianópolis, se transformou numa cena de pesadelo. Na última quinta-feira, por volta das 19h30, o silêncio da noite foi quebrado por rajadas de tiros que ecoaram pelas ruas escuras do bairro. E o alvo? Um suposto chefão do crime organizado que, ironicamente, saiu ileso enquanto sua família pagou o preço mais alto possível.
O bebê de apenas um ano — sim, você leu certo, UM ANO DE IDADE — foi atingido com pelo menos três tiros enquanto estava no colo de um adulto. A cena é de cortar o coração: uma criança que mal começou a andar, vítima de uma guerra que não entende. Os socorristas que chegaram ao local disseram que era difícil conter a comoção. "A gente se prepara para tudo nessa profissão, mas ver uma criança tão pequena... isso marca", comentou um dos bombeiros, preferindo não se identificar.
O alvo que escapou
Enquanto a criança não resistiu aos ferimentos, o verdadeiro alvo do atentado — um homem de 28 anos que a polícia identifica como importante na hierarquia do crime organizado — saiu praticamente ileso. Sabe aquela história de "quem procura acha"? Pois é, nesse caso quem procurava errou feio, e quem não tinha nada a ver com a história pagou com a vida.
Os investigadores já têm fortes indícios de que se trata de mais um capítulo da guerra entre facções rivais pelo controle do tráfico na Grande Florianópolis. Parece que a violência que assombra outros estados resolveu fazer as malas e se mudar para Santa Catarina. E o pior: trouxe toda sua crueldade junto.
Padrão que se repete
O que mais assusta nessa história toda é que não se trata de um caso isolado. A Polícia Civil já vinha acompanhando o aumento desses ataques ousados contra líderes criminosos. Só neste ano, foram pelo menos quatro tentativas de homicídio contra figuras importantes do crime organizado na região.
E tem mais um detalhe sinistro: o homem de 28 anos que sobreviveu a esse atentado já tinha escapado de uma emboscada anterior em março. Naquela ocasião, ele foi baleado na região da clavícula, mas sobreviveu. Dessa vez, nem isso — saiu praticamente sem um arranhão enquanto seu filho...
Bom, enquanto seu filho perdia a vida de forma brutal.
Operação de resgate e investigação
O Corpo de Bombeiros chegou ao local por volta das 20h, mas a criança já estava em estado gravíssimo. O socorro foi rápido, mas os ferimentos eram simplesmente fatais. Ela foi levada às pressas para o Hospital Regional de São José, mas não resistiu.
A Polícia Civil assumiu o caso e já trabalha com algumas linhas de investigação:
- Busca por imagens de câmeras de segurança da região
- Reconstituição dos movimentos das vítimas antes do ataque
- Análise do cenário de disputa entre facções na região
- Rastreamento de possíveis envolvidos em ataques anteriores
O delegado responsável pelo caso — que preferiu não ter o nome divulgado por questões de segurança — adiantou que a investigação deve seguir por "caminhos já conhecidos", sugerindo que os autores podem ser os mesmos de tentativas anteriores contra o mesmo alvo.
Uma pergunta que não quer calar
Até quando vítimas inocentes — e estamos falando de uma criança de colo, gente — vão continuar pagando o preço por disputas que não são delas? O caso desse bebê de um ano é triste, revoltante e, infelizmente, sintomático de uma violência que parece não conhecer limites.
Enquanto isso, a população do bairro Colônia Santana tenta retomar sua rotina, mas com um medo a mais. E a pergunta que fica é: será que essa guerra invisível vai continuar cobrando seu preço em sangue inocente?
O que você acha? Até onde essa violência vai chegar?