A Polícia Civil de São José dos Campos realizou, nesta terça-feira (2), uma operação com mandados de busca e apreensão contra indivíduos suspeitos de participar de uma invasão a um condomínio de luxo no bairro Torrão de Ouro. O crime, que chocou a cidade, ocorreu no início de outubro, quando criminosos se passaram por policiais para cometer o roubo.
Detalhes da Operação Policial
As diligências autorizadas pela Justiça foram executadas em quatro endereços diferentes: uma loja que comercializa produtos de ouro, duas residências de sócios desse estabelecimento e um imóvel ligado a um suspeito de envolvimento direto na ação criminosa. Durante as buscas, celulares foram apreendidos e serão periciados para obter mais evidências.
Segundo as autoridades, a investigação busca descobrir dois pontos cruciais: se o grupo já havia acertado a venda das joias roubadas e se a invasão à casa da vítima foi um crime encomendado por terceiros.
Como Ocorreu o Crime no Condomínio
O assalto aconteceu no Condomínio Recanto dos Pinheirais, localizado na Estrada Doutor Bezerra de Menezes, na madrugada do dia 1º de outubro. Por volta das 3h40, um casal – um administrador de 55 anos e uma biomédica de 59 – foi acordado por três homens dentro de seu quarto.
Os criminosos vestiam roupas pretas, estavam encapuzados e portavam distintivos falsos da Polícia Civil, além de armas de grande porte, possivelmente uma metralhadora e um fuzil. Antes de invadir a residência, eles já haviam rendido e feito refém o porteiro do local, um homem de 58 anos.
Durante a ação, os assaltantes exigiam cofres, joias e bijuterias. Eles se comunicavam constantemente por telefone com uma quarta pessoa, que dava orientações de fora do condomínio. Após saquear a casa, levando joias, bijuterias, cartões, aproximadamente R$ 3 mil em dinheiro, roupas e um relógio, o grupo fugiu utilizando um carro pertencente a uma vizinha da vítima.
Andamento das Investigações e Prisões
A investigação rapidamente identificou a participação de um segundo veículo, um Palio preto, usado para levar os assaltantes até o local do crime. O proprietário do carro, um jovem de 26 anos, foi localizado e confessou ter recebido R$ 200 pelo transporte. Ele alega não ter participado do assalto em si, mas a polícia suspeita que ele seja justamente o homem que mantinha contato telefônico com o trio durante a invasão. O jovem foi preso.
Até o momento, um suspeito está preso e outros três são procurados. O carro da moradora, uma Duster prata, foi recuperado e devolvido à proprietária. O caso continua sendo investigado como roubo a residência.
A defesa do homem preso, por meio da advogada criminalista Tainá Suila, emitiu uma nota afirmando que o cliente "nega qualquer envolvimento com o crime" e reafirma sua inocência. A defesa descreve o homem como trabalhador e motorista por aplicativo, que sempre colaborou com as autoridades, e expressa confiança na Justiça para esclarecer os fatos.
