Imagine a ousadia: quase 200 quilos de cocaína escondidos literalmente na pele de um navio. Pois é exatamente isso que a Polícia Civil de São Paulo desvendou nesta quarta-feira (21) numa operação que soa mais como roteiro de filme policial do que como fato real.
Dois homens, com idades de 28 e 42 anos, agora trocaram a liberdade pela cadeia depois que os agentes encontraram nada menos que 186 quilos da droga – sim, você leu certo – meticulosamente escondidos em compartimentos secretos nos cascos de embarcações. O destino? O mercado internacional, é claro.
Operação meticulosa
Os investigadores não acordaram com sorte. Muito pelo contrário: meses de trabalho duro e inteligência policial culminaram na ação deflagrada no município de Peruíbe, litoral sul paulista. E olha, a precisão foi tanta que os alvos foram localizados e presos em flagrante, sem chance para histórias inventadas.
Os pacotes – embalados a vácuo, como manda o 'protocolo' do tráfico – estavam camuflados de forma tão profissional que dificilmente seriam descobertos em uma inspeção comum. Uma engenhoca de fazer inveja a qualquer contrabandista, mas que não foi páreo para a perícia dos policiais.
O valor da destruição
Quando se fala em quase duzentos quilos de cocaína, estamos conversando sobre uma quantia absurdamente alta. Especialistas calculam que o montante apreendido valeria, nas ruas, algo em torno de R$ 9,3 milhões. Uma fortuna que deixaria de alimentar o vício e a violência, graças ao trabalho das forças de segurança.
Os dois presos, agora, enfrentam acusações de tráfico internacional de drogas – crime gravíssimo, com penas que podem chegar a 15 anos de prisão. E olhe lá.
Como diz o delegado responsável, que preferiu não ser identificado: "Cada grama apreendido representa uma vida potencialmente salva. Essa operação cortou um fluxo financeiro considerável de uma organização criminosa".
Verdade seja dita: enquanto uns arriscam a vida para transportar entorpecentes, outros arriscam a própria para garantir que essa praga não destrua ainda mais famílias. Hoje, a vitória foi da lei.
