Justiça condena governo de SP a indenizar 45 presos após acidente com ônibus tombado
SP deve pagar R$ 225 mil a presos por acidente com ônibus

Numa decisão que vai dar o que falar, a Justiça de São Paulo acabou de botar o dedo na ferida: o governo do estado terá que desembolsar R$ 225 mil para compensar 45 presos que passaram por um verdadeiro pesadelo. Tudo porque o ônibus que os transportava — sim, aquele mesmo que deveria garantir segurança — simplesmente capotou na saída do fórum. E olha que o caso já completa três anos!

Segundo os autos do processo (que ficou mais gordo que lista de compras de natal), o acidente aconteceu em 2022, quando os detentos eram levados de volta para a cadeia depois de uma audiência. O veículo, que mais parecia uma lata velha, perdeu o controle numa curva e virou de lado, deixando todo mundo à mercê da sorte.

"Foi um Deus nos acuda"

Testemunhas contam que o cenário foi digno de filme de terror — vidros quebrados, gritos, sangue pelo chão. Pelo menos 10 presos ficaram seriamente machucados, com fraturas e cortes profundos. Outros 35 saíram com escoriações e traumas psicológicos (e quem duvida que cadeia já não é trauma suficiente?).

O juiz não teve dúvidas: na sentença de 15 páginas, ele esculhambou o estado por negligência gritante. "Não dá pra aceitar que o poder público trate seres humanos como carga qualquer", disparou um trecho do documento, que cita desde a má conservação do veículo até a falta de equipamentos de segurança.

Valor da indenização:

  • R$ 10 mil para cada um dos 35 presos com lesões leves
  • R$ 15 mil para cada um dos 10 que sofreram fraturas
  • Total: R$ 225 mil (sem contar os custos processuais, é claro)

O governo, sempre ele, já anunciou que vai recorrer. Alegam que o valor é "exorbitante" e que os presos receberam atendimento médico. Só que, entre nós, depois de ver as fotos do ônibus destruído, até eu ficaria com vergonha de argumentar isso.

Enquanto a papelada roda nos tribunais, os 45 homens seguem cumprindo pena — alguns com sequelas permanentes do acidente. E a pergunta que não quer calar: quantos casos como esse ainda vão acontecer antes do transporte prisional virar prioridade?