
A Justiça gaúcha fez soar o martelo, e o veredicto não poderia ser mais claro. Um professor de Direito, daquelas figuras que deveriam ensinar as leis, vai continuar atrás das grades. A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul simplesmente chutou o pedido de habeas corpus dele.
O caso é daqueles que dão calafrios. O docente, cujo nome a gente evita mencionar para não dar ibope, está sendo investigado por crimes sexuais contra não uma, mas várias mulheres. A polícia trabalha com a possibilidade de que existam pelo menos cinco vítimas.
Os Bastidores do Processo
O desembargador Airton Direnna, que analisou o caso, não teve dúvidas. Segundo ele, a prisão preventiva do professor é mais do que justificada. "Há fortes indícios de autoria e materialidade dos crimes", disparou o magistrado em sua decisão. E completou: "A medida se mostra adequada para assegurar a ordem pública e a aplicação da lei".
O que pesou mesmo na balança foram os riscos concretos que o suposto criminoso representava. Direnna foi direto ao ponto: havia perigo real de o acusado atrapalhar as investigações ou, pior ainda, continuar sua suposta farra criminosa.
A Defesa Levou Vareio
Os advogados do professor tentaram de tudo. Alegaram que a prisão era desnecessária, que não havia risco de fugir, que ele tinha endereço fixo... O pacote completo. Mas a Justiça não engoliu a história.
O desembargador cortou o barato da defesa com um argumento de peso: as investigações ainda estão rolando soltas, e soltar o cara agora poderia virar um verdadeiro pesadelo para o andamento do caso.
E tem mais. A decisão original que prendeu o professor veio da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, lá em agosto. O juiz de primeira instância já havia visto que a coisa era séria - agora, o tribunal manteve a posição, mostrando que a gravidade do caso não era invenção da polícia.
O Que Isso Significa na Prática?
- O professor continua detido - ponto final
- As investigações seguem a todo vapor
- Novas vítimas podem aparecer (a polícia suspeita que há mais casos)
- A comunidade jurídica gaúcha está com os olhos grudados no desfecho
É irônico, não? Um professor de Direito, que deveria ser exemplo de conduta, agora vira caso de estudo sobre como o sistema judicial funciona quando as coisas saem do controle. A justiça, ao que parece, não faz distinção entre quem ensina as leis e quem as quebra.
O caso serve como um alerta sinistro: nem mesmo os diplomas na parede são garantia contra o lado sombrio do comportamento humano. E o sistema, quando funciona, não perdoa - seja quem for o acusado.