
O Rio de Janeiro acordou sob tensão nesta terça-feira, 8 de outubro, com a movimentação intensa de agentes da Polícia Federal em seis municípios do estado. A operação, batizada de Proteção Integral III, mirou uma organização criminosa especializada em aplicar golpes contra aqueles que deveriam ser mais protegidos: idosos e pessoas com deficiência.
Treze pessoas foram detidas — e olha que a coisa não para por aí. A PF emitiu 21 mandados no total, sendo 16 de prisão preventiva e 5 de busca e apreensão. A rede atuava de forma organizada, meticulosa mesmo, desviando recursos públicos que seriam destinados a benefícios assistenciais.
O modus operandi que enganava o sistema
Essa turma não brincava em serviço. Eles fraudavam o Cadastro Único para programas sociais do governo federal, criando identidades falsas e forjando laudos médicos — um verdadeiro teatro da malandragem. O prejuízo? Calculado em milhões de reais, dinheiro que deixou de chegar a quem realmente precisava.
Os alvos principais eram o BPC-LOAS, aquele benefício de um salário mínimo para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e o Auxílio Brasil. Os criminosos se infiltravam no sistema como sombras, alterando dados e criando beneficiários fantasmas.
O alcance nacional da investigação
E pensar que essa quadrilha não agia apenas no Rio, não. A operação tem caráter nacional, com investigações correndo em paralelo em outros estados. A terceira fase da Proteção Integral revela uma teia que se espalha pelo país — uma verdadeira hidra que teima em renascer.
Os mandados foram cumpridos em:
- Duque de Caxias
- Nova Iguaçu
- São João de Meriti
- Belford Roxo
- Mesquita
- Nilópolis
Região metropolitana do Rio no centro do furacão, como sempre. A PF trabalha agora na identificação de todos os envolvidos e no levantamento do montante total desviado.
Uma luz no fim do túnel?
O Ministério Público Federal, que requisitou a operação, comemora os resultados mas adverte: isso é apenas o começo. As investigações continuam a pleno vapor, seguindo pistas que podem levar a mais detenções nas próximas semanas.
Enquanto isso, as vítimas desses golpes — aqueles que tiveram seus direitos violados de forma tão cruel — aguardam por justiça. Resta saber se o sistema conseguirá protegê-los melhor no futuro, ou se novas quadrilhas surgirão para explorar as mesmas brechas.
Uma coisa é certa: a PF mandou um recado claro hoje. E o Rio ouviu.