OAB-SP critica criação de cadastro de estupradores com fotos e nomes: 'Inconstitucional'
OAB-SP repudia cadastro de estupradores com fotos

A Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo (OAB-SP), emitiu uma nota oficial repudiando a criação de um cadastro público com nomes e fotos de condenados por estupro. A entidade classificou a medida como inconstitucional e uma violação aos direitos fundamentais.

Segundo a OAB-SP, a proposta fere o princípio da presunção de inocência e pode levar à estigmatização permanente dos envolvidos, mesmo após o cumprimento da pena. A nota destaca que a Constituição Federal já prevê mecanismos eficazes para punir crimes sexuais sem necessidade de exposição pública.

Impacto social e jurídico

Especialistas consultados pela reportagem alertam que iniciativas como essa podem:

  • Dificultar a reintegração social de ex-detentos
  • Aumentar os riscos de linchamentos e violência extrajudicial
  • Criar um precedente perigoso para outros tipos de crimes

Alternativas propostas

A OAB-SP sugere que o combate à violência sexual deve priorizar:

  1. Investimento em educação sexual nas escolas
  2. Melhoria na investigação policial
  3. Agilização dos processos judiciais
  4. Ampliação da rede de apoio às vítimas

O debate sobre o tema divide opiniões na sociedade, com grupos defendendo maior transparência sobre criminosos sexuais enquanto organizações de direitos humanos alertam para os riscos de medidas punitivistas.