
O caso Hytalo Santos ganha camadas cada vez mais espessas de surrealismo. E a tal mansão, aquela dos stories cheios de ostentação e polêmicas? Bom, prepare-se para uma reviravolta que beira o inacreditável.
A propriedade luxuosa localizada no bairro de Interlagos, em São Paulo — palco de tantas festas e controvérsias envolvendo menores — nunca, repito, NUNCA foi devidamente quitada. Nem um centavo sequer. A informação é daquelas que faz a gente coçar a cabeça e perguntar: mas como assim?
O Contrato que Era Uma Ficção
Pois é. A papelada que deveria oficializar a transação do imóvel, avaliado na casa dos R$ 2,5 milhões, simplesmente não existe nos registros oficiais. Um verdadeiro contrato de gaveta, daqueles que só dão problema. A suposta vendedora, uma tal de Maria Lúcia, tentou registrar o contrato no 2º Tabelionato de Notas de São Paulo apenas em agosto do ano passado. Só que aí, meu amigo, o buraco era mais embaixo.
O tabelião, fazendo seu trabalho direito, identificou uma série de… como dizer… irregularidades gritantes. A começar pelo valor declarado da transação: irrisórios R$ 350 mil por um patrimônio que vale pelo menos sete vezes mais. Alguém aí cheirou o cheiro de furada? Pois é.
O Desdobramento Judicial
E a coisa não parou por aí. A Justiça, claro, entrou em cena. No meio dessa confusão toda, um acordo foi forjado entre a tal suposta proprietária e a empresa responsável pelo financiamento do negócio. O objetivo? Nada mais, nada menos que anular a venda. Sim, você leu direito. Tentaram desfazer um negócio que, na prática, nunca se concretizou de verdade.
O juiz da 1ª Vara Cível de Barueri, não tendo muito com o que concordar, deu seu aval para a anulação. Um verdadeiro 'ctrl+z' numa situação que já nasceu errada. Tudo isso enquanto Hytalo e sua turma viviam dias de rei naquele lugar, como se a casa fosse realmente deles. A ironia é pesada.
O Silêncio que Grita
E os protagonistas dessa novela? Calados como uma tumba. A defesa de Hytalo Santos, que hoje enfrenta acusações gravíssimas de aliciamento, se mantém em um silêncio ensurdecedor sobre o tema da mansão. Nada de comentários, nenhum posicionamento. A estratégia parece ser deixar a poeira baixar, mas a poeira, nesse caso, é de concreto.
Maria Lúcia, a figura central do suposto negócio imobiliário, também some do mapa. Procurada, não retorna, não se manifesta. Um mistério dentro de outro mistério.
O que fica é o retrato de uma era de aparências. Onde o que importava era o brilho superficial, a foto perfeita, a ilusão de riqueza e sucesso — mesmo que alicerçada sobre uma fraude, uma dívida colossal e uma pilha de documentos sem valor. A casa era um castelo de cartas, e o vento da justiça começou a soprar forte.
Uma lição, talvez, de que algumas fachadas, por mais luxuosas que sejam, podem esconder nada mais que um enorme — e caríssimo — vazio.