Justiça Absolve Acusados de Matar Jeff Machado: Entenda o Caso que Chocou o Brasil
Justiça absolve acusados de matar Jeff Machado

O caso que parou o Brasil — literalmente — ganhou um capítulo inesperado nesta quarta-feira. Quase seis anos depois daquela noite terrível no Rio, a Justiça simplesmente... deixou os caras saírem andando. É de cair o queixo, não é?

Dois dos três acusados pela morte do ator Jeff Machado — você lembra dele, né? — tiveram a prisão preventiva revogada. O terceiro? Já estava solto desde o ano passado. O tribunal, lá de Niterói, entendeu que não dava pra manter eles atrás das grades.

O que realmente aconteceu naquela noite?

A história é confusa e dolorosa. Jeff estava num bar em Ipanema, vivendo a vida, quando a discussão começou. Briga de trânsito, coisa besta — daquelas que a gente vê todo dia. Só que não terminou besta. Terminou com o ator no chão, espancado, e depois morto no hospital.

Os três — Eduardo, Filipe e outro Eduardo — foram acusados de espancamento seguido de morte. O Ministério Público jogou pesado, falou em dolo, em intenção de matar. Mas a defesa... ah, a defesa construiu outra narrativa.

A versão que convenceu os desembargadores

Os advogados argumentaram — e conseguiram convencer — que foi uma briga generalizada, que Jeff também participou, que ninguém quis matar ninguém. Disputa de ego, pancadaria de rua, tragédia. Não assassinato.

O laudo do IML veio a calhar para a defesa: morte causada por traumatismo craniano, mas... sem marcas de que a intenção era realmente acabar com a vida. A promotoria tentou, insistiu, mas o tribunal acabou comprando a tese de que foi homicídio culposo — sem intenção — e não doloso.

E aí, meu amigo, a coisa muda completamente de figura. Culposo significa que a pena é menor, que a prisão preventiva perde o sentido. E foi exatamente o que aconteceu.

E agora, José?

A família de Jeff — e meio Brasil junto — ficou simplesmente devastada. Como assim soltar? Como assim não havia dolo? A irmã do ator, Danielle Machado, não conseguiu conter a revolta. "É uma vergonha", disse ela, com a voz embargada. "Meu irmão foi espancado até a morte e eles vão para casa como se nada tivesse acontecido?"

Nas redes sociais, o tsunami de indignação foi imediato. #JustiçaPorJeffMachado voltou a trendar, com milhares de pessoas questionando a decisão. "O Brasil é mesmo um país onde você pode matar e sair andando", escreveu uma usuária. Outros lembraram que Jeff era negro, pobre, e que a justiça para gente como ele parece sempre chegar mais devagar — ou nem chegar.

Os advogados de defesa, claro, comemoraram. Disseram que a decisão "repara uma injustiça" e que seus clientes "já sofreram demasiado".

Enquanto isso, o processo criminal continua — mas agora, com todos os réus em liberdade. A promotoria ainda pode recorrer, pode tentar levar o caso para instâncias superiores. Mas a sensação que fica é que o sistema, mais uma vez, falhou com quem deveria proteger.

Jeff Machado tinha 39 anos. Era ator, diretor, um cara cheio de projetos. Sua morte brutal expôs uma violência urbana que assola o Rio — e todo o país. E a absolvição? Bem, a absolvição expôs algo talvez ainda mais assustador.