Justiça Determina Júri Popular para Acusado de Matar Sambista Paulo Onça em Manaus
Júri popular para acusado de matar sambista em Manaus

O caso que chocou a cena cultural de Manaus ganhou um desfecho judicial importante nesta quarta-feira. Depois de uma espera que se arrastou por quase dois anos — parece uma eternidade, não é? — a Justiça finalmente decidiu que o homem acusado de agredir e matar o sambista Paulo Roberto Félix da Silva, mais conhecido como Paulo Onça, vai enfrentar um júri popular.

A decisão saiu da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, e não foi nada surpreendente para quem acompanha o caso. O tal do J.M.S.S., que tá respondendo pelo crime, agora vai ter que encarar o tribunal do povo. A defesa tentou de tudo, alegou até que não tinha provas suficientes, mas o juiz não comprou a ideia.

O crime que abalou a noite manauara

Tudo aconteceu naquela noite de 16 de dezembro de 2023, num bar da Avenida Tefé, no Centro de Manaus. O clima começou tranquilo, mas degringolou completamente. Testemunhas contaram que Paulo Onça e o acusado discutiram feio — a briga foi daquelas que pega fogo rápido, sabe como é?

O que começou com palavras duras terminou com agressões físicas. E não foram tapinhas não. Segundo as investigações, o acusado desferiu vários socos e chutes contra o sambista, que caiu no chão e bateu a cabeça com violência. O resultado foi trágico: traumatismo craniano grave.

Paulo Onça foi levado correndo para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, mas já chegou sem vida. Tinha apenas 47 anos — uma carreira inteira pela frente, cortada pela violência.

O longo caminho até o júri

O processo andou a passos de tartaruga pelo sistema judicial amazonense. Foram quase vinte meses de investigações, audiências, protelações — aquela enrolação de sempre que deixa qualquer um de cabelo em pé.

A Polícia Civil fez o trabalho de base, colheu depoimentos, juntou as provas. O Ministério Público do Amazonas analisou tudo com lupa e chegou à conclusão óbvia: tinha material mais que suficiente para mandar o caso a júri.

O promotor foi direto ao ponto na sua manifestação. Disse que as provas eram robustas, consistentes, e que mostravam claramente a autoria e materialidade do crime. Ou seja, na visão do MP, o cara fez mesmo.

E agora, o que esperar?

Com a decisão judicial, o caso entra agora numa nova fase — talvez a mais dramática de todas. O júri popular em Manaus vai decidir o futuro do acusado. E não vai ser fácil convencer sete pessoas comuns sobre o que realmente aconteceu naquela noite fatídica.

A defezs, claro, não vai sossegar. Já deu pra perceber que vão continuar brigando por cada centímetro. Mas a família de Paulo Onça — coitados — finalmente vê uma luz no fim do túnel depois de tanto tempo esperando por justiça.

O sambista era uma figura conhecida na cena musical local. Não era famoso nacionalmente, mas na sua comunidade, nos bares onde tocava, fazia falta. Sua morte violenta levantou discussões importantes sobre segurança noturna e violência urbana em Manaus — debates que, francamente, a gente precisa ter mais vezes.

Enquanto isso, a cultura do samba na capital amazonense perdeu uma voz. E a justiça tenta, aos trancos e barrancos, fazer o seu trabalho.